PODCAFÉ DA TI

#188 - Rodolfo Barbosa - Da Farda aos Dados: Uma jornada surpreendente

podcafe.com.br Season 5 Episode 188

Você tem lido seus dados errado! 💥👊

No episódio desta semana, trazemos uma conversa exclusiva com Rodolfo Barbosa, CEO da Data Squad. Ele nos conta sobre sua jornada inspiradora, desde os primeiros desafios até se tornar um especialista reconhecido em dados. “Cair faz parte do processo.” 💡

A nova geração está provocando mudanças profundas no universo dos dados. Será que estamos prontos para essa revolução?

Quer aprender como se destacar e construir uma carreira de sucesso na área de dados? Não perca essa chance! Descubra como entrar de vez no mundo dos dados e se tornar um profissional indispensável. 🚀

Participantes:
Rodolfo Barbosa - CEO da Data Squad
Dyogo Junqueira - CEO da ACSoftware
Guilherme Gomes - Diretor ACSoftware
Anderson Fonseca - Diretor ACSoftware
Adriano Mano - Diretor ACCYBER

PodCafé da TI é um podcast da onde Mr Anderson, Guilherme Gomes e Dyogo Junqueira, recebem convidados para falar de uma forma descontraída sobre Tecnologia, Segurança e muito mais.

Speaker 1:

Onde Café da Pei, quinta temporada. Pode tá certo, pode tá certo.

Speaker 2:

Muito bem, muito bem, muito bem. Estamos começando mais um Podcafé da TI Podcast, tecnologia e cafeína. Meu nome é Anderson Fonseca, eu sou o Mr Anderson e esse é o podcast pra você. eu sei, todos nós. né, afinal, quem é que não tem dado? Todo mundo tem dado. Vamos que vamos.

Speaker 4:

Aqui é Guilherme Gomes da, Acessoft e Anderson a importância do dado é dado com consentimento, entendeu.

Speaker 3:

Fala pessoal. Adriano Mano, ac CyberSec. Diogo Junqueira, ceo da ACsoft. Pra nós é um prazer receber o convidado de hoje. Vou deixar ele mesmo se apresentar.

Speaker 5:

Opa, muito prazer. Meu nome é Rodolfo Barbosa, sou CEO do DataSquad e sou um cara que tem muitos dados em casa Opa.

Speaker 3:

Eu já vi que hoje vai ser um papo dado. Entendeu, vai ser Rodolfo. Cara, pro pessoal aqui começar nossos ouvintes se situar conhecer um pouco mais do Rodolfo. Fala um pouco da sua história. Cara, pra começar, eu vi aqui que você é top data warehouse warehouse data warehouse voz do LinkedIn entendeu.

Speaker 5:

Pois é, tamo no LinkedIn aí há algum tempo já criando conteúdo né trabalho com dados. Há um pouco mais de 10 anos já fui embaixador de algumas grandes marcas internacionais E hoje eu tenho a grande missão aí de ensinar e falar sobre dados pra galera que tá começando né Então quem tá em transição de carreira. Essa coisa toda eu tenho ajudado aí uma grande leva de profissionais a entrar nesse mercado também. Tem sido um desafio bem legal.

Speaker 3:

Cara, como é que surgiu esse clique?

Speaker 5:

assim pô, vou trabalhar com dados, vou ser engenheiro de dados, cara, cara essa pergunta é muito boa, porque assim, na verdade eu não queria trabalhar com dados. Eu nem sabia o que era o mercado de dados. Na verdade eu queria ser DBA, né.

Speaker 3:

Ou Deus BA né. É o Deus BA né cara O dono da senha, o dono de tudo né.

Speaker 5:

Eu queria e acabou que eu fui convidado pra ser DBA de um projeto de dados. E aí nesse projeto foi onde eu tive o meu primeiro contato com business intelligence, com as tecnologias mais modernas de mercado. E cara, ali eu me encontrei, falei poxa, é um mercado legal. Não sabia do tamanho que esse mercado tinha E quando eu comecei a pesquisar eu fiquei vislumbrado Tanto pela remuneração, que na época já era uma coisa meio absurda, já era um salário fora da curva, né quanto pelas possibilidades, né de posições no exterior de tecnologia surgindo a todo tempo. Né então foi mais ou menos nesse sentido. Então a minha intenção inicial era ser DBA, não era ser analista, engenheiro ou profissional de dados. Acabou que foi um caminho natural, por que que pareça.

Speaker 3:

E imagino que você deve ter se apaixonado por esse mercado que eu conheci. Já gravamos com a ExplicaMir. Mandou um abraço, ela tá até lá no Guaiô. Agora é outra aí, é cientista de dados também. Ela foi uma história bem parecida. De repente tava lá e pá caiu em dados. Imagino que você tenha se apaixonado por essa área porque todo mundo que eu converso que trabalha com dado é apaixonado.

Speaker 5:

É, eu acho que assim a grande questão do dado é que você consegue estar muito perto do negócio também, né? Então eu tenho um pouquinho daquele espírito empreendedor, aquela coisa de querer empreender, criar novas soluções e tudo mais, E quando você trabalha com dados você tá muito perto dos tomadores de decisões, você tá muito perto de quem faz o negócio acontecer, de fato. Não que quem faça software, outras coisas não esteja, Mas eu acho que o cara de BI, o cara de dados, ele está muito do lado, ele está no caminho da decisão. Então isso, eu acho que me brilhou um pouco os olhos de poder influenciar em decisões estratégicas para a empresa, ver empresas crescerem a partir de decisões baseadas em dados. Isso é muito legal. Quando você desenvolve um software, querendo ou não, leva algum tempo para aquele software entrar realmente em produção, começar a gerar algum resultado. Esse é o cenário de startup.

Speaker 3:

Startup geralmente é muito rápido também, mas Precisa ser né cara, precisa ser né.

Speaker 5:

Mas, cara, com análise de dados, às vezes uma mudança cara você consegue melhorar ali 5%, 3% do faturamento da empresa com um gráfico. Que cara os dados já estavam ali, entendeu. Então a gente até brinca né, todo mundo tem muito dado em casa, então assim o cara tem o dado e não usa. Então pra mim era muito incrível essa coisa de pegar o dado que já estava ali e transformar numa coisa estratégica, né, então isso aí foi o que me brilhou os olhos, eu acredito.

Speaker 3:

Sensacional cara E a Data Squad O que é a Data Squad, squad, cara.

Speaker 5:

A data squad surgiu de um sonho que eu tinha. Meu sonho era ser militar. Né E cara. Assim que eu fui pai, eu precisei vir pra São Paulo trabalhar e nesse mesmo período eu tinha acabado de passar pra uma vaga de primeiro tenente no Exército do Brasil pra ser um profissional R2, né É um profissional que já tem o curso superior e vai entrar pra ficar oito anos geralmente né E aí, cara, eu tive que tomar uma decisão muito importante que era ou seguir a linha profissional ou seguir a carreira militar, que foi um sonho.

Speaker 5:

Né E cara. Naquela época a área profissional já remunerava melhor e eu tinha acabado de ser pai.

Speaker 2:

Então eu falei cara uma decisão pra montar seu próprio squad.

Speaker 5:

E aí eu falei, cara, já que eu não vou pro militar oficialmente, então eu vou criar o meu próprio esquadrão. Então foi aí que eu criei o DataSquad, ou esquadrão de dados, e comecei na verdade ensinando. O DataSquad não era consultoria, ele começou como ensino. A gente tinha os cursos aspirante em dados, soldado, recruta, etc. Todos os nomes são militares, inspirados na carreira militar e aí nessa transição começou a surgir consultoria. A gente começou a prestar consultoria também. Chegamos a ter 30 consultores quase e já prestamos serviço pro Brasil, américa Latina, chile, argentina, pra muitos lugares legais.

Speaker 3:

Conseguiu unir a sua paixão antiga pra questão militar e levar pra dentro do business.

Speaker 5:

É, foi mais ou menos isso. É que assim não dá pra levar muito, tem que ser mais flexível, no business não tem como né cara.

Speaker 5:

Eu servi o exército com 18 anos serviço militar obrigatório, né E cara. A cultura militar era muito bonita. Ela traz uma cultura muito legal, mas é muito rígida ao mesmo tempo. Né Não tem a flexibilidade que os negócios precis certa política, né que o militarismo não tem essa flexibilidade. Mas eu acho que o grande aprendizado da cultura militar que eu trago pra minha empresa e trago pros negócios é nunca abandonar as pessoas, né sempre tá sendo companheiro, companheirismo, né liderança, firmeza nas decisões. Eu acho que isso é inspirador pra qualquer área, né no caso Certeza.

Speaker 2:

Deixa eu contar uma história aqui que eu tava prometendo que eu ia contar. como é que eu conheci o Rodolfo.

Speaker 3:

Então vamos lá Eu não vou pegar aquela pipoca.

Speaker 5:

Não de boa.

Speaker 3:

Essa história é cabeluda, ah pô é vindo do Mister Andes e vindo pro Padre. Vamos lá hein.

Speaker 2:

Semana passada Passada, tava em Campinas, Voltando do evento, entrei no elevador junto com o Pato e com o Danilo, E tava também no elevador, não sabia. O Rodolfo T2 e o Pato desceram no terceiro andar. Nisso que a gente foi Eu e ele batemos no terceiro andar. Eu vou pro quarto, ele também vai pro quarto.

Speaker 4:

Aí ele virou pra mim Quarto andar Tá muito complicado essa história, essa hora aqui eu já confundo, não tô entendendo direito. Quarto andar.

Speaker 2:

Aí ele vira pra mim e fala assim ó, você é do pó de café da TI, você é do pó de café. Aí, eu levei uns segundos pra ele se assinar. Depois eu me liguei que eu tava com a camisa do pó de café.

Speaker 1:

Eu ah Pô que bacana e tal.

Speaker 2:

Cara. Em segundos ele se apresentou. Pô, eu sou o Rodolfo e tal pá, sou top da tua house no LinkedIn, 20 mil seguidores. Aí ele fez o pitch em 3 segundos Dentro do elevador, Aí abriu a porta. Não Abriu a porta do elevador, Nós já estávamos no quarto andar.

Speaker 3:

Eu tô assistindo. O quarto andar tá patrocinando esse episódio. Né Falou quatro vezes. O quarto andar, claro, cara.

Speaker 2:

E pô foi um papo bacana rápido ali A gente colocou super ideia Falei cara, você tá fazendo o que aqui? Ah não, eu tô aqui fazendo, tô me conectando com o pessoal e tal fazendo um CRM. né É, falei cara, pô sensacional, semana que vem tamo gravando, como é que tá tua agenda aí? Ele falou semana que vem eu tô aí. Eu falei pô, vamos gravar um podcast, foi assim.

Speaker 3:

Foi no Assim cara Que loucura né Sensacional cara.

Speaker 2:

Eu falei pô cara 20 mil seguidores no LinkedIn E começou a contar um pouco da história. Eu falei cara sensacional. Depois eu fui pegar o carro. A gente desceu junto em outro momento. Olha a loucura cara.

Speaker 3:

Destinou o negócio. A gente foi pegar o carro.

Speaker 5:

Ainda bem que eu trouxe né. Ficou preocupado com o Mister foi né Não, mas é muita coincidência. Né Foi um chocante, né Com incidência de Brasília, não Goiânia, Goiânia, Ele é carioca.

Speaker 3:

Ele tá lá porque a esposa atual dele tá lá, eu sou de Floripa.

Speaker 1:

Eu sou de Floripa, eu fui contratar um elevador em Campinas. Qual que é a chance disso?

Speaker 3:

acontecer. Você que é o cara de dados.

Speaker 2:

você me diz É Na hora que eu abri, eu falei me manda todos os teus links no WhatsApp Já agora que eu vou mandar pessoal de marketing que vão te contatar. Cara eu abri pay pay, pay pay e falei caraca, olha o material do cara. Comecei a ler artigo do cara. Falei caramba, num tiro cara. Foi um pitch assim de três segundos, ali batendo um papo Muito bom.

Speaker 4:

Quanto tempo demorou esse stalker? Cara, eu tenho seguido aí uns três meses, mais ou menos Uns três meses, Pra conseguir uma vaga né.

Speaker 5:

Ali no elevador É cara cara. É igual a galera lá do Vale do Silício que fica andando nas universidades pra encontrar lá um vesting né, Quem sabe, um vestidorão Sensacional Ô. Lufo cara.

Speaker 3:

Assim muita gente ainda não sabe o que é o engenheiro de dados, né cara, porque tem analista de dados, tem cientista de dados e a gente sabe que tem uma diversa diferença. Você pode falar pra gente o que é. Os nossos ouvintes aqui Tem muita gente que a gente tá chegando agora não tem a menor ideia, né Às vezes confunde até essa questão Pra definir pra galera saber o que é o que é legal, legal.

Speaker 5:

Assim, no mundo dos dados existem três grandes mercados, né Que é engenharia, análise e ciência. São perfis que têm coisas em comum, que têm similaridades, mas no geral têm suas diferenças. Um engenheiro de dados é o cara que lida muito com a estruturação do dado, em manter ele num ambiente único, num consolidado, construir só soft, em manter ele num ambiente único, consolidado, construir softwares que vão permitir que esses dados estejam seguros, que estejam compilados, processados em boa velocidade para que as áreas de negócio consumam. Esse é o perfil do engenheiro de dados. Então ele vai construir uma engenharia para tirar dados, por exemplo de vários sistemas e levar para um recipiente único onde eu possa tirar insights de negócio. Então vou dar um exemplo aqui Eu tenho sei lá uma rede de farmácias e eu tenho 50 lojas.

Speaker 5:

O que um engenheiro de dados vai fazer? Vai pegar os dados de todas essas lojas, vai reunir numa base única e dali eu vou conseguir tirar insights. Mas quem gera esses insights? geralmente não é o engenheiro de dados, que aí entra numa outra camada. Então o engenheiro prepara essa base já com algumas medidas, com algumas métricas, com algumas coisas, para que o analista ou o cientista comece a gerar insights. E aí qual que é a diferença do cientista para o analista.

Speaker 5:

O analista, ele cuida de uma coisa muito mais do momento, do que está acontecendo agora. Então ele vai pegar a análise e vai fazer uma análise temporal, um pouco da análise histórica, pegar o histórico e tentar chegar em soluções para resolver o agora ou alguma coisa que já passou. Esse é o perfil da análise. Então ele vai analisar o dado que você tem e vai chegar numa coisa Sem nada preditivo, sem predição, sem algoritmos complexos. Esse não é o foco.

Speaker 5:

Então ele é muito focado às vezes em visualização de dados, em ferramentas como Power BI, tableau, clicksense, aquela coisa toda, e tem o perfil do cientista de dados, que é um cara que geralmente tem um skill de programação um pouco mais elaborado, tem um skill de estatística um pouco mais elaborado E ele vai construir o quê, algoritmos e softwares pra fazer não só a predição mas também com outros cálculos estatísticos né Tentar entender motivos de cancelamento, tentar entender projeções baseadas no passado. Enfim, é uma coisa muito mais científica mesmo né. Então o nome cientista de dados, ele é muito bom porque ele realmente fala. O cara vai fazer análises que geralmente demorora um pouco mais de tempo né E até mesmo pra gerar o resultado pro negócio.

Speaker 5:

O valor disso às vezes não é tão prático. Leva um pouco mais tempo, ao contrário da análise, né Que o valor ali é meio instantâneo, mas talvez o impacto não seja tão grande quanto o de um cientista, né O cientista consegue às vezes mudar um negócio Pode encontrar um problema ali que às vezes um alto grande número de churn rate, mesmo o churn rate pode encontrar um motivo ali naquele banco daquele data lake que você tem né É, ele vai encontrar na verdade assim coisas que não estão visíveis aos olhos humanos, nos dados E você olhando pro dado, fazendo gráfico, etc.

Speaker 5:

você não vai conseguir ver. Você realmente precisa processar aquilo, rodar algoritmos pra poder chegar. Esse é o perfil do C&G Contra padrões ocultos, isso. E estão surgindo novos mercados. agora estão surgindo novas funções, né Que pouca gente comenta, né, mas tem vindo muito forte o perfil do Data Product Manager que seria o PO, né O PO do software né, eu dou o dado agora.

Speaker 5:

Tá começando a surgir o PO na área de dados, que é o Data Product Manager ou Data Manager, e tem surgido também um outro perfil que é o Analytics Engineer, que é um cara que tem um perfil de engenharia de dados mas também consegue construir visualização e tudo mais. Então tá É um mix ali né. Então estão surgindo Cara na verdade tem muitas outras né Tem o engenheiro de Machine Learning, engenheiro de IA, cara tem muitas outras coisas.

Speaker 2:

IA é como sempre, né Tá aí bombando possibilidades.

Speaker 5:

Junto com dados faz muito sentido porque é um mundo muito amplo, né cara Quando a gente fala de dados é cara, é infinito né, é tudo, né Me fala uma empresa hoje que não tem dados, que funciona com nada de dados, cara, não existe, porque assim, até se você for comprar um lanche ali, uma pipoca na esquina, a maquininha de cartão tá lá, aquilo ali são dados, são transações, tá conectado na internet. Então assim, cara, são raras as empresas hoje que não tem nada de dados.

Speaker 3:

Até o cara, o bandido lá da cadeia que tá te passando trote ele tem um monte de informação um monte de dados lá pra poder te fazer.

Speaker 2:

Inclusive a base do negócio foi um banco de dados que ele comprou, entendeu.

Speaker 3:

Exatamente.

Speaker 5:

A série dele É cara, os dados estão em toda parte, em todo lugar, E um grande diferencial é quem sabe tirar valor daquilo, né Quem sabe extrair, Porque tem empresa que tem muito dado mas tem pouca informação.

Speaker 5:

E a gente vê muito isso no dia a dia. Muito, muito eu vejo. Tenho visto um padrão se repetir que são as empresas que estão alocando seus dados em terceiros. O que é isso? as empresas começaram a comprar muitos softwares. Ela tem um CRM, ela tem um RP, ela tem, mas nenhum dado dela tá nela no controle dela sobre propriedade dela é tudo SaaS, cara, isso é muito bom porque é muito rápido, beleza.

Speaker 5:

Mas se um dia você precisar desse dado, precisar integrar todo esse dado, vai dar mais trabalho e a galera não tá olhando muito pra isso. Então acho que vai surgir muita oportunidade nesse sentido de integração de dados, de Consolidação, consolidação cada vez mais, tom, Consolidação cada vez mais Tomar um data lake próprio ali pra não depender desses dados. Exatamente Cara. construir um data lake hoje pra maioria das empresas é um desafio, viu, porque cara? a variedade de dados é tão grande. As fontes são muitas.

Speaker 2:

E depois o que fazer com ele é outra história. São duas coisas completamente diferentes. Porque você precisa de uma vaca? né cara Alguém que vai comer o capim ali e entregou um leite, né Não adianta, é porque tudo mato, né O governo está gargalhado ali. É isso aí, cara, Porque assim é tudo mato.

Speaker 5:

Você tem que converter essa informação, e esse é o grande valor desse mercado. Né Cara, como que eu pego, sei lá um monte de Excel, a galera fez um monte de fórmula, doida aqui, decifra essas fórmulas aqui e transformo isso num dashboard pro cara acessar no celular, no tablet, receber notificação. Esse é o grande valor. Né Muita gente acha que o valor da área de dados tá só no painel, no dashboard. Né, mas o processo até aquilo virar um dashboard é muito importante, muito grande, muito grandioso. Né É uma área muito legal. Bom, sou suspeito pra falar.

Speaker 3:

É, mas é uma área muito legal. Bom, sou suspeito pra falar né. Ah, não Acabou a gente baixando o ar. É, mas Quando é que você começou a criar conteúdo, cara? E por quê O que surgiu assim? Pô, vou criar conteúdo cara.

Speaker 5:

Cara, na verdade, assim ó, Eu tenho uma história de vida que me fez criar conteúdo né, E eu tenho um motivo muito pessoal pra criar conteúdo disso poucas vezes na internet até hoje. Mas assim, cara, eu meu primeiro computador foi uma doação, eu não tinha grana pra comprar um computador, então um vizinho me deu eu venho de uma família muito humilde, depois eu posso falar mais dessa história e aí um vizinho me deu um computador e, cara, era um computador usado né antigo, então ele sempre dava muito problema né, e aí eu sempre tava chamando pra formatar e tal, e de repente eu parei de chamar, esse vizinho chegou e falou assim, cara, o que aconteceu? O computador estragou e tal. Eu, olhando você fazer ali, aprendi né E era aquela coisa do disquete, ainda não era Windows, não era Não tinha pendrive né.

Speaker 5:

Era disquete ainda dose, um pouquinho de dose pra formatar e tal.

Speaker 3:

Formato C2.yy. Eu lembro bem velho, Isso aí Fazia freelancer de formatação.

Speaker 1:

Eu também fiz bastante.

Speaker 5:

E aí esse vizinho, cara né Vendo também a situação da família ali, na época meus pais estavam doentes, né Eu era adolescente, 12, 13 anos ali Ele falou cara, vou te ajudar. então Ele me deu o computador e aí ele puxou um cabo de internet da casa dele. Assim a gente tá falando de uma casa, tinha uma outra casa, uma terceira casa, são 30 metros mais ou menos. A gente esticou um cabo de rede assim no meio da rua, assim tipo nos postes, né Pra chegar a internet da minha casa. Na época eu tava começando a vela, que era tipo 100k, pegava os torrents lá.

Speaker 1:

ele ia lá e me chamava ó desliga o torrent aí Não facilita pra mim né Me ajuda a te ajudar né.

Speaker 5:

Mas aí comecei cara o que que todo moleque com 13 anos acesso à internet vai fazer né, além de baixar os filmes com 18, mais né.

Speaker 3:

Eu ia falar protografia, mas não é o que você falou E jogar.

Speaker 5:

Eu comecei a jogar cara, primeira coisa, pô como é que joga Aquela coisa do jogo online, né. E aí comecei a jogar um jogo que a gente chamava Tíbia. Acho que pô.

Speaker 3:

Tíbia Todo mundo deve ter jogado esse jogo Exato, claro.

Speaker 2:

Achei que você ia falar de StarCraft. Eu tava esperando, não rodava, não rodava.

Speaker 3:

A gente tava falando de um Atlon, alguma coisa Tinha um PC bem lá atrás eu jogava mais em uma house, né Hoje não tem uma house.

Speaker 5:

Que saudade que eu tenho de uma house.

Speaker 3:

A geração de hoje. Esses dias eu tava falando com o meu filho que a gente ia todo mundo pra dentro de um lugar, um monte de computador jogar, e meu filho era sempre assim. Pra quê? Por que você não jogava online, por que você não ficava em casa. Então gente era divertido. Ele olhou pra minha cara. Ele simplesmente não consegue entender. Não consegue entender, entendeu.

Speaker 5:

E aí, cara o que acontece. O computador era muito ruim. Na verdade, eu joguei T-Bee porque era o único jogo que funcionava. Essa era a verdade E ela não tinha pra onde, mas pra mim tava ótimo, só que o computador era tão fraco que pra jogar online com a internet compartilhada começou a ficar um pouco lento. E o que Servidor pirata né Ou hot server o nome mais bonito, né?

Speaker 5:

Aí eu comecei a aprender a criar o hot server. Curioso, né Dois, três anos, moleque, curioso com o tempo. Né Entre ficar na rua e ficar ali meu pai preferia mil vezes que eu ficasse ali né No computador horas e horas. E pra criar o hot server eu comecei a aprender Programação, HTML, banco de dados. Criei um servidor, coloquei a galera online, Ganhei um dinheirinho com o servidor também. E aí, pra fazer o site, comecei a aprender a fazer design. Aí comecei a fazer convite de casamento, Artezinha, panfletinho, Comecei a fazer freelance. E aí foi que minha carreira começou. E aí o ensino. O que foi o ensino pra mim? Voltando a pergunta inicial, né, Cara, o ensino pra mim começou como uma forma de retribuir Porque assim, cara, foi muita generosidade desse vizinho que teve comigo. Né Então?

Speaker 1:

eu comecei É cara a história é muito foda cara.

Speaker 5:

Eu comecei ensinando de graça. Hoje eu ainda ensino muita coisa de graça. Tá, cara, um curso assim no nível que eu ensino hoje custa sei lá 3 mil, 4 mil reais. Se você for fazer numa instituição grande cara, muitas vezes eu faço de graça tem curso meu de. Se eu for somar o tanto de conteúdo que tem meu gratuito na internet, daria fácil ali uns 50, 60 mil reais por pessoa. E aí assim hoje eu ensino como uma forma de retribuição não cara, eu não curto assim. Já fiz né aquela coisa de fórmula de lançamento, mas não é a minha vibe. Sabe, eu ensino realmente mesmo pra ver a galera mudando de vida. Eu tenho uns cases muito legais E foi isso que me inspirou a ensinar. Cara, foi tipo ver a galera dar Qual que é a minha cabeça. É tipo dar a possibilidade de mudança de vida que eu tive pra outras pessoas. Sabe, e cara minha vida mudou completamente.

Speaker 3:

Não cara assim. Eu tô impressionado que a gente é aquela história, né cara. Se a gente quer mudar o mundo, a gente tem que começar de um pedacinho de cada vez, né Não adianta querer mudar o mundo inteiro. Mas esse vizinho, qual que é o nome dele, cara Mário, o que o Mário fez aí pra ti, cara é algo a gente pensa porra, não tô É cara. É É uma ação simples, né E pode mudar a sua vida E você tá retribuindo novamente pra outras pessoas velho.

Speaker 5:

Pra ele provavelmente era uma coisa que iria pro lixo.

Speaker 5:

Pensa Entendeu, eu entendo Pra ele era uma coisa que talvez fosse pro lixo, que ele realmente não fosse usar mais e tudo mais. Mas ele falou assim ah, cara, vou juntar isso aqui. Às vezes serve pro menino ali, cara. Isso mudou a minha vida de uma tal forma, assim que cara provavelmente me livrou de cara muitos envolvimentos com pessoas erradas na infância, porque eu morei no interior do Rio. Né Hoje eu moro em Florianópolis, mas eu morei no interior do Rio, morei cara o bair, mas era um bairro de periferia. A condição da família não era melhor. Então, assim, cara, às vezes queriam tênis, um boné, uma camisa legal de marca Cara. Todo garoto adolescente dos anos 2000 queria andar com uma roupa de marca, um tênis legal, cara. Hoje nós somos adultos a gente gosta imagina.

Speaker 5:

E cara não tinha. Não tinha essa opção. né, cara, eu fui criado por um casal de tios, né Talvez a gente precise de outro podcast pra contar essa história, mas assim, cara, a condição era de certa forma limitada. Nunca faltou nada, sempre tivemos comida, sempre tivemos muita educação e muito amor que é o mais importante de tudo.

Speaker 5:

Mas assim não tinha luxo. Sabe, era cara às vezes ali tênis vinha de um primo, roupa vinha de um primo, e cara, aí fomos levando e aí eu comecei a ensinar. Por isso comecei ensinando em cursinho profissionalizante. Não foi na área de dados, a área de dados veio bem depois disso e eu comecei ensinando Photoshop, corel Word, etc. Tudo que eu aprendi sozinho pela internet na época. E aí comecei a ganhar um dinheirinho melhor, comprei um computadorzinho melhor, tal, tal, tal. Fiz muita montagem pro Orkut. Vocês lembram do Orkut?

Speaker 3:

Não, cara, pô vários grupos aí saudades, cara. Comunidade do Orkut. O pessoal tinha aquelas montagens com fundo infinito que aparecia a mesma pessoa 36 vezes aquela coisa horrorosa.

Speaker 5:

Era eu que fazia, então Fiz muita montagem pro Orkut, pra essas coisas, né Adesivo, negócio de carro. Cara, fiz muita coisa legal E aí comecei dando aula nesses cursinhos. conheci a galera né Mindo. Na verdade meu tio me obrigou a fazer um curso de eletromecânica. Antes de eu deslanchar mesmo na área de TI. Ele falou cara, a cidade aqui é industrial. Né A cidade que eu morei foi Volta Redonda, no interior do Rio. A cidade tem uma indústria chamada CSN, uma das maiores do país de aço né.

Speaker 5:

Cara tem o programa Jovem Aprendiz. Aqui você vai aprender eletromecânica.

Speaker 3:

Assim é. Tem que trabalhar em alguma coisa, se você quiser futuro na TI você tem que aprender a consertar ar-condicionado.

Speaker 2:

Eu já tava pensando, você tava visionário, aí você fechou o corte lá do filtro que pifou do ar-condicionado.

Speaker 5:

E aí, cara, eu fiz contra a minha vontade num negócio que eu não gostava, E aí eu fiz, sei lá, dois anos É importante o contexto, porque o cenário industrial de Volta Redonda é gigante, né?

Speaker 3:

Então, sim, isso abria mil oportunidades pra ele.

Speaker 2:

Eu garantia que você vai ter lá um espaço, lá fazendo o que a gente de emprego exato, e é muito legal assim falando de dados, falando de informação e de conhecimento, né Como é que o conhecimento transforma, né Você vê, pô ó tem esse conhecimento aqui, que isso aqui vai te garantir uma sustentabilidade, entendeu? E ele buscando outros conhecimentos também que levaram pra E cara.

Speaker 5:

eu entendo que na cabeça dos meus tios né Cara melhor das intenções, Claro.

Speaker 3:

Queria garantir o futuro. Ele não queria deixar você na mão, ele não entendi Meus tios cara.

Speaker 5:

Eles nunca tiveram acesso a computador. Meu tio foi mecânico na indústria durante 35 anos, Então assim computador pra ele era uma coisa nova. Pra ele ganhar dinheiro com aquele negócio É cara quando eu comecei a fazer freelancer, né chegava aqui, aí o que acontece. Olha que loucura isso que eu vou falar. Eu fazia freelancer, né fazia site. Fazia site no Wix, já tinha o Wix né.

Speaker 5:

Cara, o site era meio feio, não era bonito. Hoje tá muito bonito. Então o Wix tinha meio de pagamento. Então eu fazia o site pra você. Por exemplo, eu falava assim compra pra mim sei lá um rádio MP3 pra me colocar. Aí, eu já tava maiorzinho começando a dirigir, né Queria comprar um rádio pro carro alto-falante Fazia permuta né. E quando chegava as coisas pra explicar pro meu tio como que tinha aquilo acontecido, Rapaz, Ele achava que eu coisa errada.

Speaker 2:

Né Você tava de trambique, né Como é que tá chegando? Você nem saiu de casa pra trabalhar moleque. Como é que chegou esse som aí, esse?

Speaker 3:

computador aí você tá fazendo pra mim, porque tá trabalhando. Entendeu Que loucura né.

Speaker 5:

E aí cara foi assim. Aí foi, fiz o curso de eletromecânica e aí eu reprovei numa mat E aí abriu um concurso pro curso técnico. Lá no Rio tem uma instituição chamada Faetec, que é como se fosse um.

Speaker 2:

IEF, eu fui professor da Faetec.

Speaker 5:

Olha que legal, olha que mundo pequeno, hein? E aí o que acontece?

Speaker 2:

Abriu um concurso Tive dois mil alunos mano.

Speaker 5:

Caramba mano Cara a Faetec. É incrível. Tá A Faetec, é muito legal, dá muita oportunidade. Entre 70 alunos no curso, formam 6 em média Os técnicos. É culpa?

Speaker 3:

do Misterantes rapaz.

Speaker 2:

A minha turma cara assim.

Speaker 3:

É culpa do Misterantes As minhas turmas até Se por acaso algum ex-aluno meu escuta aqui o podcast.

Speaker 2:

Um abraço. Vocês guardam muito carinho da época de FaiTec. Eles devem estar pensando agora não retribuímos. A minha primeira aula na FaiTech. eu chegava, pegava a pochila, botava a lixeira em cima da mesa e Jogava a pochila no lixo. Falei assim ou vocês vão aprender ou vocês vão aprender. Isso aqui é só material de apoio, botava a lixeira pro lado. Assim Aí terminava aquela aula, tirava a pochila, limpava. Ela Fazia de novo na próxima turma.

Speaker 3:

Ah, meu Deus, o mestre Heranes dando showman até na hora de dar aula, cara.

Speaker 4:

Mas é uma pena esse número na educação em TI.

Speaker 5:

Cara. a desistência é muito grande. Exatamente A desistência é muito grande.

Speaker 4:

Vocês citaram uma instituição de qualidade.

Speaker 5:

Não, cara, assim ó, vou te falar que nesse curso técnico eu aprendi coisas que na faculdade eu vi com menor profundidade, eu não tenho dúvida. Banco de dados, por exemplo, cara, tem um professor de banco de dados, o Marcelo Arantes, que me ensinou banco de dados no curso técnico. Cara, pensa num cara que descascou a galera, mas assim você saía sabendo o banco de dados, sql, join, proceed, trigger, cara, você sabia fazer um negócio. Não é igual hoje que você vai lá faz meia dúzia de select, asterisco e Cara, você realmente aprendia banco de dados. Modelagem, cara, eu fiz na Fitech. Eu devo ter feito uns 50 modelos de dados. Ah, era no Drawcom, não Aqui. Ó, lápis relacionamento, ele corrigia lá a cardinalidade, fazia todo o negócio. Então, assim, cara, aprendi muito. E o curso técnico né Era um concurso, né, então você fazia, passava e fazia o curso técnico. Só que pra fazer o curso técnico eu tive que abandonar a eletromecânica Porque não ia dar.

Speaker 5:

No, yoli, você tinha Olha que loucura a aula inaugural do curso de técnico em informática. era no mesmo dia da última prova de recuperação da matéria que eu tinha ficado reprovado E pra falar pro meu tio.

Speaker 3:

Eu ia te fazer essa pergunta. vai pra você contar isso lá em casa, cara ele ficou seis meses sem falar comigo.

Speaker 5:

Sério Caraca, assim ele não ficou tão chateado porque eu tava saindo pra estudar, porque eu não tava abandonando, mas cara muita gente, e tinha uma tia que tinha conseguido pra mim uma bolsa lá na época do Jovem Aprendiz da Eletromecânica, e tal Cara muita gente ficou sem falar comigo Porque queriam que eu fosse da área industrial.

Speaker 1:

Assim ó, eu acho uma área incrível, Uma decepção.

Speaker 5:

Ali Foi uma decepção pra minha família quando eu larguei a área industrial e fui pra tecnologia, ovelha negra dos dados muita gente falou pra mim que eu fiz técnico informática primeiro, né cara muitos tiros, não, isso aí tá saturado. Isso aí não vai longe, daqui a pouco acaba é modinha daqui a pouco isso aí acaba morre não sei o que, e a?

Speaker 3:

indústria vai continuar. Aí é a.

Speaker 5:

CSN vai tá aí é e vai continuar aí.

Speaker 3:

CSN vai tá aí.

Speaker 1:

E hoje, a indústria tá contratando profissionais de tecnologia

Speaker 2:

eu fiquei.

Speaker 5:

Essa história de Fitech me deixou muito arrepiado, porque assim muita gente teve uma oportunidade de acesso por ali, né cara, é um negócio assim fantástico, iniciativas que funcionam, o cara saiu dali sabendo programar. Se o cara se dedicasse, se o cara pegasse essa negócio, ele saia dali.

Speaker 2:

E aí ele tinha uma estrutura tecnológica bem, bem à frente. Na época, eu lembro que eles botavam o Team Client era computador, era um servidor com o Team Client pra todo mundo. A gente tava pegando acesso por indicação pra entrar no Gmail. Eu tava lançando o.

Speaker 3:

Gmail, caramba, e você entra no Gmail por indicação, porque você tinha que um convidar o outro e aí era aquela Isso você não precisava chegar fazendo Gmail e se cadastrava, Você tinha que ser convidado.

Speaker 5:

Na Faitec que eu estudava, que era de volta redonda né Cara, tinha tipo 60 computadores na sala, tipo todo mundo era um computador pra cada aluno, cara computadores bons, né Computadores, assim A minha ficava num brisolão.

Speaker 2:

É isso mesmo Baita infraestrutura, tudo de concreto que é um brisolão, é a estrutura muito fera E cara, ar-condicionado, vontade ar condicionado, então um projeto de educação muito robusto. Lá no Rio de Janeiro Você tem as escolas todas construídas de concreto, de ponta a ponta uma baita infraestrutura assim feita pra durar pra sempre O negócio.

Speaker 5:

O que chama O Brizolão, porque era do Brizola Prefeito e governador, alguma coisa assim.

Speaker 2:

Governador Brizola, brizola, prefeito-governador, alguma coisa assim. Governador Brizola, entendi, entendi, ele lançou no estado inteiro, e assim são escolas, cara de alto nível, uma escultura fera.

Speaker 5:

E sempre sendo gratuito cara E sempre sendo gratuito, cara. Sensacional velho Os professores faziam concurso pra entrar. Era difícil.

Speaker 3:

Ainda tem a Fartech. Existe a Fartech ainda cara Existe.

Speaker 2:

Imagina, até depois vale googlar. E quem não conhece imagina uma faculdade toda. No concreto não tem um tijolo.

Speaker 5:

Montaram uma infraestrutura gigante, assim E era pré-moldado, Assim a estrutura da escola. Ela era pré-moldada Então era aquelas É tipo encaixado sabe, Tipo um Lego, assim sabe, Mas gigante, cara. Então assim é uma escola muito legal. E além dos cursos técnicos tinham os profissionalizantes, né? Então, por exemplo, eu fiz técnico em informática, mas nos tempos livres, entre as aulas, eu fiz Excel, eu fiz PowerPoint, eu fiz Design.

Speaker 3:

Cara, tudo que Você tinha aprendido também em casa, ali você foi aperfeiçoar. Eu já fui aperfeiçoando exatamente Nossa cara Cara eu devo ter da Fitech.

Speaker 5:

Eu devo ter uns 20 certificados. Cara Que legal. Fiz inglês na Fitech. fiz um pouquinho de espanhol na Fitech. Cara, tinha tudo, Tinha tudo.

Speaker 3:

Cara, dá pra perceber pela sua trajetória que você cara teve oportunidade, teve o cara que te deu uma mão ali, mas você buscou depois também.

Speaker 5:

Você quis, né? cara, é na verdade assim eu, eu tinha um compromisso de melhorar um pouco a vida da minha família. Sabe, Eu tinha essa, essa missão dentro de mim de alguma forma E, cara, o único caminho que eu via pra isso era conhecimento. Cara, não tinha outro caminho assim que fosse sólido, né Outros caminhos. Na verdade, a gente sabe que existem né.

Speaker 5:

Mas assim É, mas assim um caminho E aí cara não era muito fácil assim, tipo porque a Fitech ficava do outro lado da escola. Cara, eu nunca contei isso em lugar nenhum. Eu vou falar isso aqui a primeira vez e olha que eu já fiz alguns podcasts. Mas assim muita gente achava que eu era playboy porque meu tio me levava de carro na Fitech. Só que acontece, meu tio tinha um carro que era GNV E a passagem de ônibus era mais cara do que abastecer o carro dele com GNV E ele já tava aposentado, entendeu. Então assim a galera meio que dava uma julgada e tal E a galera não sabia, mas ele me levava e buscava e ele levava marmita pra mim porque eu saía de uma escola e ia pra outra. Então tipo eu almoçava com ele no carro. Sabe Tipo, cara, vou segurar pra não me emocionar aqui.

Speaker 4:

Não, cara, eu tô aqui emocionado, também velho.

Speaker 5:

Porque senão ficava caro, senão eu não conseguiria estudar. Entendeu Porque cara era do outro lado da cidade A cidade não é tão pequena assim E cara não foi. Foram três anos de curso técnico não é aquele curso técnico de um ano e meio, porque foi junto com o ensino médio. E aí minha rotina era assim cara ia pro estágio, conseguia um estágio, nasce a SN. Olha que loucura.

Speaker 3:

Cara que volta, cara Nasce a SN. O que o seu tio achou nesse momento. cara É cara, twist, hein Que importante.

Speaker 2:

o O tio dele olhou e falou assim pronto, agora vai dar, certo, agora tem futuro.

Speaker 5:

Eu avisei E na época, que eu me lembro assim, eu fui o único aluno de escola pública a entrar pro estágio da empresa. Cheguei no processo seletivo, cara, só a galera de escola particular e tal lá tem os cursos técnicos pagos né. E cara, fui um dos únicos a entrar da escola pública, que eu me lembro, e não tinha ninguém do curso que estava, e aí eu fazia estágio de manhã, curso técnico à tarde, três dias da semana, aí segunda e sexta que eu não tinha o curso técnico, eu fazia os profissionalizantes e à noite eu fazia o ensino médio. Cara, eu saia de casa sete da manhã, chegava onze da noite, todos os dias é uma super história.

Speaker 4:

Rodolfo, eu não conheço seu tio, mas já o admiro assim porque essa vigilância.

Speaker 4:

Sabe, cara, a única forma da gente mudar contexto, eu concordo contigo é a educação E essa vigilância. Eu falo porque também tem alguma propriedade. O meu pai ele é sem demérito nenhum, mas semianalfabeto, ele é o irmão mais velho da família alterou o RG quase 100 anos atrás no norte de Minas, quase na Bahia. Alterou seu RG pra trabalhar pela família, pra sustentar os irmãos E ele falava pra mim, cara, uma coisa assim, cara estuda pra não ser igual a mim. Eu sempre seguia essa dica por causa da vigilância, mas, cara, não era pra não ser igual a ele, porque o que eu quero é representar 30% do que ele foi pra mim.

Speaker 5:

Não, cara, meu tio me ensinou coisas que Cara. Cara. Meu tio disse uma frase pra mim que eu não esqueço. Eu nunca vou esquecer e eu repito Onde eu vou. Eu tento repetir essa frase. Meu tio falou pra mim uma vez cara, sonhe o mais alto possível, Sonhe com tudo que você quiser, Seja carro, seja casa, seja dinheiro, O que você quiser, Porque a menor parcela de um sonho realizado é muito próximo daquele que é pessimista. Cara, isso pra mim.

Speaker 4:

Um corte, temos um corte, temos um corte.

Speaker 5:

Cara, um cara que trabalhou 35 anos na indústria, o maior salário dele foi 2.200 reais. Tecnologia estágiária começaria o maior salário dele foi 2.200 reais. Tecnologia em estágio diário começa assim olha aqui, o maior salário dele foi 2.200 reais. Quando ele me criava ele já era aposentado, né, cara? o salário dele, com algumas coisinhas dava 2.800. Ele pagava de plano de saúde 1.100 reais pra minha tia, pra eles. Então, assim, cara, olha que loucura A gente tinha que escolher entre pagar um bom plano de saúde?

Speaker 5:

e educação, uma alimentação melhor, cara. Olha a decisão e aí, graças a Deus, a gente conseguiu ele pagando a alimentação. Eu consegui por meios gratuitos a educação e a gente foi vivendo. Infelizmente meu tio não viveu pra colher os frutos da tecnologia comigo, né. Mas eu tenho certeza que, cara velho, infelizmente meu tio não viveu pra colher os frutos da tecnologia comigo, mas eu tenho certeza que cara da onde ele estiver.

Speaker 5:

ele tá orgulhoso Porque assim hoje não só faço por mim, pela minha família, mas também faço por outras pessoas. Né, então isso vai gerar outras oportunidades.

Speaker 3:

Essa história é realmente muito emocionante, rodolfo, e assim eu imagino agora você tentando retribuir pra esses alunos, pra quem você educa. Como é que é essa sensação? como é que você tá vendo principalmente a nova geração, né que você contou uma história aí, cara, que eu fico cara. Isso sim, a galera precisa ouvir isso, porque muitas vezes eu vejo a galera que precisa, quer e não tem a força de vontade de fazer o mínimo, e você fez muito mais que o mínimo ali. Isso aí, cara, é uma coisa que eu queria que você falasse.

Speaker 5:

Cara, na verdade assim, eu queria agradecer o espaço que vocês estão dando aqui pra eu poder falar mais isso. Eu acho que eu preciso falar mais isso. Acho que as pessoas precisam escutar mais isso.

Speaker 3:

Eu tenho certeza.

Speaker 5:

Porque até hoje eu nunca usei disso pra convidar as pessoas pro treinamento. Eu nunca usei disso pra convidar as pessoas pro treinamento. Eu sempre convidei as pessoas pela tecnologia E hoje eu começo a pensar que eu deveria usar mais, porque eu sempre convidei pelo especialista que eu sou. Né, e cara, especialistas tem vários, a gente precisa concordar, não tantos quanto o mercado precisa, nós sabemos. Mas eu acho que o lado pessoal pode ajudar e motivar mais Porque assim, cara, eu cheguei a abrir turma, a ter sei lá duas mil inscrições E durante a live aparecer 200 pessoas.

Speaker 1:

Cara, não é pouco 200 pessoas numa live são quatro turmas de faculdade É muita gente ainda, só que cara 1.800 ficaram num lindo.

Speaker 3:

Tá falando de 10%, só da quebra ali né.

Speaker 5:

Então eu acho assim ó, cara, não tô fazendo propaganda, mas assim, cara, o conteúdo gratuito que a gente oferece no YouTube, o cara consegue sentar ali, se dedicar e conseguir a primeira vaga. E se o cara quiser hoje, se o cara quiser hoje ele não precisa gastar um real com o curso. Se o cara quiser hoje ele não precisa gastar um real com o curso, ele vai no Youtube e aprende. Cara, na época que eu comecei não existia isso. Vocês lembram dos livros?

Speaker 4:

Use a cabeça.

Speaker 5:

Java era uma bíblia. Use a cabeça Java. Aí você ia fazer o exemplo. Cara, muitas vezes o código que tava lá no livro já não funcionava mais porque a versão do Java já tinha mudado.

Speaker 2:

Inclusive eu tô devendo um livro de Data Warehouse pra faculdade que não existe mais. O livro Eu nunca mais.

Speaker 5:

Data Warehouse Toolkit.

Speaker 3:

Não foi você que pegou o livro prestado com ele. Não Alguém pegou o livro prestado e perdeu.

Speaker 2:

Pegaram o livro comigo prestado. O livro não existia mais.

Speaker 5:

Não existia, mais não conseguia esse é o da Freyhound do Kimball.

Speaker 3:

Esse livro é raro é tão raro e ele perdeu aí.

Speaker 2:

Eu falei com a biblioteca eu falei seguinte não existe mais o livro, posso dar em dinheiro, não posso dar outro livro. Não, eu vou ficar com a mão. Eu falo deixa assim, deixa assim, ficou lá. Deve estar milhões lá do sistema calculando eternamente que ela não deu baixa. Falei, você não vai dar baixa, claro que não. Você não devolveu. Falei, você não vai deixar eu dar outro. Não, você não vai deixar eu pagar. Não, ela vai deixar você dar outro, arruma outro.

Speaker 3:

Arruma outro amigo. Eu acho que agora você tem a sua missão de vida é achar esse livro e devolver cara.

Speaker 2:

Cara, eu acho que a gente tem que fazer. Eu vou te falar uma coisa é que ela era muito velhinha, cara. Ela já tinha uns 80 na época. Não, mas você deve ir pra instituição não é pra mulher.

Speaker 3:

não porra, se eu te avisar, a instituição fica, as pessoas vão. você vai ter que rachar esse livro. Ela nem tá lá, ó atenção ouvinte.

Speaker 2:

Vamos devo ajudar o Mr Anderson a encontrar o livro comprar o livro Prezado, instituição, ele que perdeu, ele que devo, não nego pago quando puder Pago quando encontrar O jeito que eu encontrar esse livro. Se eu esbarrar com ele, eu compro e levo lá.

Speaker 4:

Você se julga um cara um pouco autodidata, Porque no comecinho da sua história você falou cara, foi aprendendo sozinho.

Speaker 5:

Cara, na verdade eu acho que eu sou um cara muito esforçado, assim, porque eu não sou das pessoas que teve máxima facilidade para aprender. eu tinha um pouco de dificuldade, tinha dificuldade com o banco de dados, inclusive não sou um exímio programador, a lógica não é das melhores, mas, cara, eu sentava e repetia, fazia até sair alguma coisa. Talvez eu acho que um Um pouco autodidato, sim, porque aprendi, mas mais pelo esforço do que pela facilidade de aprendizado Cadência constância.

Speaker 2:

Não era muito fácil. Aquela história de persistência vence o talento. Toda vez Não cara Na minha época de faculdade eu fiz sistemas de informação.

Speaker 5:

Cara, tinha uma molecada que programava mil vezes mais que eu, mas assim infinitamente mais que eu, e eu nunca fui aquele aluno nota 10. Também não tipo era 7, 6 e meia, às vezes pegava, pegava umas recuperações. Nunca fui aquele aluno nota 10, não até pelo perfil, também às vezes muito comunicativo, né conversando, socializando, tinha soft skills.

Speaker 3:

par vai ter um par, é isso mesmo Socializado, tinha soft skills já né É soft skills Fazia parte né.

Speaker 5:

Mas tinha muita gente que programava muito mais assim E não era o meu. De longe era o meu melhor skill, mas eu insisti tanto que acabei aprendendo. Acabei conseguindo destravar né.

Speaker 2:

Cara, eu me lembro sempre do época de moleque assistia o rock que eu adorava e o cara apanhava apanhava, apanhava ele não era o melhor lutador, entendeu mas ele era o cara que levantava e levantava, e levantava.

Speaker 3:

É o cara que?

Speaker 2:

sabia apanhar, é isso é isso aí e é uma coisa que assim eu trouxe pra minha vida e foi ali que eu aprendi assim velhoxe pra minha vida E foi ali que eu aprendi.

Speaker 1:

Assim velho apanha entendeu, toma tomou, tomou beleza. Vamos pra próxima entendeu.

Speaker 2:

E é isso Tomou toma de novo, não tem problema entendeu.

Speaker 5:

E assim ó o que eu vejo. Acho que vale o gancho do que você tá dizendo o que eu vejo na nova geração, complementando um pouco a pergunta. Né, cara, eu vejo que falta um pouco disso na nova geração. Eu também concordo Eu acho que a galera desiste um pouco fácil. sabe Tipo cara pô vou fazer, vou estudar banco de dados. Cara não conseguiu instalar o banco de dados e já desiste. Já era Cara, não dá pra ser assim.

Speaker 4:

E assim não dá pra generalizar né luto contra esse conflito geracional.

Speaker 5:

Mas eu concordo no ponto das pequenas conquistas Putz isso, aqui eu consegui chegar até o final É, mas assim ó tem muita gente boa também tá. Claro demais né Eu tenho cases de alunos assim cara que são cara. Eu tenho cases de alunos que eram motoristas de aplicativo, que eram mecânicos na indústria e hoje é analista de dados, cara gigante.

Speaker 3:

A sensação de poder ajudar a mudar vidas é muito foda né.

Speaker 5:

Assim, ó, eu vou te dizer que entre eu entregar um dashboard pronto funcionando pra uma empresa e ver um aluno meu entregando cara, eu prefiro um milhão de vezes ver um aluno meu entregando Isso cara. não tem preço. Entendeu? Uma vez rolou uma coisa interessante né Um aluno meu já de algum tempo, né Pessoal, não é da noite pro dia, tá, não existe essa coisa de É boa, boa, você não vai virar especialista, não é assim.

Speaker 3:

Não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não.

Speaker 5:

Não nãoolfão. O seu aluno comprou uma X1,. Você tá andando aí de rondinha, né Porque na época eu tinha um Honda City, né Meio Falei, cara, sinal que eu tô fazendo um bom trabalho né Inclusive.

Speaker 2:

você tem calambas aí, cara, O que você tá dirigindo aí Conta pra nós. Sempre rola essasha, mas esse é um outro ponto importante pra essa geração outros valores além de dinheiro, entendeu, até porque a gente tá numa geração que a pessoa, sei lá, ganha 100 mil vendendo foto de pezinho, entendeu, é, não é isso. Então, assim os valores estão. Você não pode focar só no dinheiro, é pô o que eu tô fazendo na minha vida, qual o objetivo daquilo que eu?

Speaker 5:

tô somando nessa sociedade. Esse aluno em específico, o Roger, é um cara que eu tenho um carinho enorme. Cara, tá morando em Portugal. Esse rapaz era motorista de aplicativo aqui em São Paulo. Assim, ó, é o mérito meu, não é mérito dele, ele que foi lá dedicou horas, ele que pegou oportunidade tal, tal, tal Cara. Hoje ele tá em Portugal, tá trabalhando muito bem, vai ser pai agora. Pô imagina Cara você conseguiu dar possibilidade num cara poder viver na Europa, ter um filho, construir uma família dar melhores condições.

Speaker 5:

Cara, isso não tem dinheiro no mundo que vai pagar? Concordo contigo E se tivesse, talvez eu nem gostaria.

Speaker 3:

Não trocava. Não trocava, É o propósito. né, cara Você perceber propósito.

Speaker 2:

Né cara, você perceber propósito. Naquilo que você faz É muito legal. Pra levantar todo dia e entender o que você tá fazendo, por que você tá fazendo.

Speaker 5:

E aí é uma coisa que vai ficar, né Vai ficar, vai A geração, o filho, dele toda a família.

Speaker 3:

Sim, você imagina né, você com certeza pô De novo o Mário lá, lá atrás, plantou uma boa ação que gerou em você toda uma mudança de vida. Você tá plantando aí de novo em várias outras pessoas. e as pessoas, a gente vê que as coisas podem dar certo. né, cara, é só fazer, tentar fazer um pouquinho de cada vez, fazer o bem.

Speaker 5:

Isso reacende uma chama, né Exato.

Speaker 3:

Cara acredita nas pessoas.

Speaker 5:

Acredita na humanidade, cara Acredita, cara Pô. A gente tá vendo um exemplo agora do Rio Grande do Sul né. Caramba isso. O povo inteiro ajudando cara É velho. A população ajudando indo lá Cara acredita nas pessoas, ainda existe. Eu não vou dizer salvação, porque muita gente boa aí Tem gente boa caramba. Ah beleza, fiz pro cara. O cara não valorizou, não quis tal tal Cara.

Speaker 3:

não é um problema meu. Não pode esperar algo em retorno, né Exatamente exatamente, Cara.

Speaker 5:

Eu vi uma charge há muitos anos atrás que dizia assim você não cansa de ser bom pras pessoas. E o cara dizia mas isso não é um problema meu, Isso é um problema meu. Isso é um problema, Cara. Eu fui bom pra você, te ajudei, Você não valorizou, você não abraçou. Não é um problema meu, Eu fiz a minha parte. É isso, cara. Eu acredito muito nisso. Isso me faz me frustrar menos, né? Então, por exemplo, cara, eu coloquei dois mil alunos lá, só entrou duzentos. Fiquei um pouco triste, gostaria que não t tivessem mais.

Speaker 3:

Mas tinha 200. E aqueles 200 que estão ali vão receber o meu melhor conteúdo. É isso aí.

Speaker 2:

Sensacional. Então é, e é assim uma semeadura. né De repente bate uma sementinha ali, que vai ser o cara que vai fazer a diferença, absurda, cara, se dos 201 conseguir um emprego pra mim tá ótimo.

Speaker 5:

Cara eu recebo toda semana mensagem da galera que tá começando a trabalhar. É porque assim começando a trabalhar, é porque assim você ensina pro cara, hoje ele vai conseguir emprego daqui a seis meses. É, é um negócio. Não acredite em fórmula mágica né.

Speaker 3:

Se alguém tá fazendo isso, é mentira, é clickbait. galera, Não adianta cair em conversa fiada. Não tem fórmula mágica, é.

Speaker 5:

Cara, ainda mais tecnologia, que é uma coisa complexa, né especialista?

Speaker 3:

É uma pergunta que eu ia te fazer agora, cara. Quando é que você saiu assim buscando tanto conhecimento, tanto curso, tanta certificação? quando é que você sentou e olhou pra frente de um projeto e falou cara, bateu no peito, eu sou um especialista. Você se sentiu um especialista. Como é que você sentiu isso Confortável, cara?

Speaker 5:

eu já tinha pelo menos 10 anos de experiência quando eu me senti, mas eu não posso dizer que eu não me sinto inseguro em situações até hoje. Eu acho que o grande ponto de ser um especialista é esse, é você se sentir inseguro numa situação, mas buscar alternativas pra resolver. Muita gente acha que o especialista é o cara que sabe tudo.

Speaker 3:

E ninguém nunca vai saber tudo em tecnologia. E ninguém nunca vai saber tudo em tecnologia E ninguém nunca vai saber tudo, principalmente em tecnologia Não vai, a tecnologia muda, ela é dinâmica.

Speaker 5:

O que é o cara ser especialista É o cara ter ferramentas pra buscar uma solução rápida, eficaz e segura pra uma tecnologia. Então, assim, hoje eu sou especialista. me considero especialista por quê? Porque eu sei tudo.

Speaker 2:

Não, cara, tem gente que sabe infinitamente mais que eu Ele também já se ferrou muito, né O cara que já errou muito. ele também tem experiência, Cara, eu sei onde pesquisar.

Speaker 5:

Eu sei onde pesquisar, eu sei como funcionam os fóruns, eu sei como funciona o suporte.

Speaker 3:

Tem o networking.

Speaker 1:

Tem o networking.

Speaker 5:

Então assim ser especialista não é só sobre questões técnicas. A galera precisa entender que ser especialista não é só técnico. O técnico é uma fatia. Muitas vezes o cara é mais especialista na questão do comportamento, em saber negociar, conseguir um prazo extra e conseguir resolver num tempo ámido, do que o seu cara que vai lá mexer no parafusinho correto e arrumar. Entendeu, É aí um pouco disso também. com certeza Não tem, como você, ser especialista sem saber o parafuso que você vai mexer.

Speaker 3:

Mas outras questões comportamentais são muito importantes, são fundamentais, muito importantes, cara. Assim a gente falou aqui do alfabetizador, do educador, do especialista, do cara que transforma vidas, do criador de conteúdo. Hoje eu acho que satisfação não precisa nem perverter essa pergunta, satisfação financeiramente para ti, hoje, o que é a principal ponte, ali realmente dentro desses diversos chapéus que você utiliza.

Speaker 5:

Consultoria. Hoje a minha maior fonte de renda é consultoria. Hoje 90% da minha renda é consultoria. Treinamento pra mim é um hobby.

Speaker 3:

É um hobby e mudança de vida e uma satisfação.

Speaker 5:

Hoje eu faço menos treinamentos gratuitos um pouco. Mas hoje eu faço menos treinamentos gratuitos um pouco, mas eu deixei de fazer os treinamentos gratuitos porque muita gente não valoriza. É tipo você dá um conteúdo daço de graça, o cara fala de graça.

Speaker 3:

E o cara de graça não presta De graça De graça.

Speaker 5:

ó, o cara vai me vender um curso depois, então você acha que eu vou te vender um curso depois depois. Então você acha que eu vou te vender um curso depois Então compra antes, Já compra agora E aí muito do dinheiro do curso eu uso pra caridade, uso pra outras coisas. Mas assim rentabilizar com um curso, mesmo só no mercado B2B, que aí eu vendo o curso no preço cheio mesmo né.

Speaker 3:

Claro sim, mas no.

Speaker 5:

B2C eu não rentabilizo tanto não. E a consultoria também. Você sempre é B2B, b2b, sempre com B2B. A gente atende clientes de grande porte. Né A tecnologia que a gente trabalha, que eu trabalho há muito tempo, ela atende clientes maiores. Né. Então a gente tem clientes como o Tirolês, o Jornal do Estado de São Paulo, são clientes de um porte médio pra grande, já né.

Speaker 4:

Vou aproveitar dessa sua consultoria. Você lembra que alguns dias atrás a gente tava falando sobre paradoxo da escolha. Cara, olhando pros dados, em que qual a sua recomendação? Quanto mais dado melhor, ou meu, usa isso aqui direito e vamos parar por aqui, senão você vai se perder. Porque o paradoxo da escolha é aquele eu tenho muita informação, tenho muita possibilidade e não consigo fazer nada disso.

Speaker 5:

Cara é a história dos potes de geleias, né.

Speaker 4:

Não conheço, me manda aí.

Speaker 5:

Vou te mandar e depois eu posso até mandar o artigo que referencia. né Foi feita uma pesquisa que dizia quanto o consumidor leva de acordo com a quantidade de potes de geleia disponível, e foram colocados para o mesmo grupo de pessoas 6 opções e para outra 20 e poucas opções. mesmo grupo de pessoas, seis opções e para outra vinte e poucas opções. O grupo que tinha menos opções comprou muito mais Por quê? Ele estava muito mais focado e conseguia entender o benefício daquele pote de geleia para ele. entre outras variáveis preço, volume, cor, etc. Quando ele tinha muitas opções ele não conseguia distinguir o que realmente seria bom pra ele.

Speaker 5:

Dado é a mesma coisa Se você tiver muita informação, independente da forma como ela tá disposta, o seu cérebro não consegue absorver o que realmente é bom.

Speaker 4:

O ideal é fazer uso adequado daquilo que você já tem.

Speaker 5:

Começa com dois indicadores bons. Dois indicadores bons, e quando eu falo indicador não é assim tipo total de venda e total de despesa.

Speaker 1:

É indicador é tipo assim cara Percentual de crescimento de um período pro outro.

Speaker 5:

Entendeu, cara, quanto eu realmente tive de growth na minha empresa num período pro outro. Né Quantos clientes cancelaram churn, né LTV. Cara, quanto tempo o meu cliente tá ficando? Quais motivos levam o meu cliente a cancelar, cara, se você souber quantos clientes entraram, quantos clientes saíram, qual o motivo que ele tá cancelando? você consegue melhorar o processo da sua empresa, que pode recuperar 10% dos clientes.

Speaker 4:

Mas esse comportamento é assim no mercado. Eu vou te falar porque eu tenho uma experiência com um cliente muito, muito grande. Ele falou cara, quanto mais dado entra aqui, melhor pra mim.

Speaker 5:

Eu vou tentando usar de outra forma, coisa meio perdida sabe, existe uma teoria, inclusive quem quiser pesquisar, aprofundar, que a gente chama de data maturity level ou nível de maturidade em dados, traduzindo bem ao pé da letra, e as empresas têm estágios de maturidade. Então tem muita empresa que ainda tá presa no Excel, que pega a planilha e faz um monte de planilha e gera a planilha da planilha, da planilha. Isso, isso, isso.

Speaker 3:

A planilha do Excel que eu já quase caigo.

Speaker 5:

Isso para vocês terem uma noção. Isso é um nível baixíssimo de maturidade. E aí tem a empresa que já processa esses dados e processa esses dados e quando a gente processa o dado, a gente já não olha no nível da linha, mais a gente olha o que, a gente olha o dado agregado. Então tipo, cara, vou olhar quanto que eu vendi por região, eu não vou olhar mais no nível da nota fiscal. E tem muita empresa que quer olhar no nível da nota fiscal. Que problema você resolve no seu negócio olhando no nível da nota fiscal?

Speaker 5:

se eu for analisar, só se tiver lançado uma nota fiscal errado, mas assim vai ser uma em um milhão de notas fiscais. O que isso muda Na prática não é um negócio em si, não. Agora. Se eu analiso volume de nota fiscal, volume de venda por região, cara, eu vou saber a região que eu estou vendendo pouco, o que isso significa, cara, eu tenho que investir em marketing. Quer ver um erro clássico? Primeiro indicador que os analistas financeiros pedem? os analistas de negócio pedem Top 10. Todo mundo quer top 10. Top 10 de venda, top 10 cliente, cara, top 10 é o cara que já tá comprando. Você tem que analisar os under 10. Cara, o cara que não comprou Pra quem que eu não vendi esse mês, entendeu? cara, é esse cara que eu quero vender, o cara que eu já vendi.

Speaker 3:

Qual tipo de persona tá entrando aqui e tá vazando? A não ser que você tenha um problema de logística, né.

Speaker 5:

Tipo tô vendendo muito um produto que o meu estoque tá acabando, mas aí já é outra indicadora, já é outra indicadora, aí já é uma questão logística. Mas assim, cara, tá vendendo, tá faturando, ótimo, eu tenho que analisar pra onde eu não estou vendendo. Tem até uma teoria sobre isso em ciência de Cara, o avião vai pra guerra E aí ele volta e ele vem com os buracos de bala. Onde você vai blindar ele? Onde foi furado de bala ou onde não foi furado. Essa é a lógica da análise de dados, entende, porque você tem que raciocinar tipo, cara, beleza, eu tenho tanta venda aqui, mas e onde eu não vendi? Onde eu não fui atingidoido, onde eu não atingi e gostaria de atingir.

Speaker 5:

Esse é o grande segredo E isso é muito difícil de ensinar. Isso é muito difícil de ensinar e alguns estudiosos falam que esse é o skill do século. Só pra você ter uma ideia do quanto isso é importante, o nome desse skill é Data Literacy, ou alfabetização de dados. Isso aí é uma coisa que, cara, internacionalmente tem sido muito discutida e no Brasil ainda é meio tímido esse movimento. A gente tentou, a gente tem tentado fazer alguma coisa, mas ainda é tímido.

Speaker 5:

Pra você ter noção, o governo do Canadá, de algumas regiões do Canadá criou um conceito chamado Data Literacy Society, onde eles têm programas de alfabetização de dados pra ensinar a sociedade a lidar com informação, a lidar com Bitcoin, a lidar com algoritmos, com Cyber Security. Tudo isso é alfabetização de dados. O que um hacker quer quando ele invade um sistema É dados. Então parte da literacia em dados, parte da alfabetização em dados, é saber como se proteger dos principais golpes. Isso é alfabetização de dados também. Alfabetização de segurança é também, mas isso também é dados E é louco. Né tem governo pensando nisso. Olha, só um governo de um país gigante moderno tem pensado nessas coisas. E as vezes a gente tá um pouco tímido, né porque as empresas ainda não priorizam isso, né infelizmente. Mas é um assunto muito legal.

Speaker 4:

Eu respeito muito o empresariado. Falei isso em outras gravações aqui, especialmente no Brasil, que você tem dificuldades adicionais pra empresariar. Mas acredito também em quem lidera a partir do seu instinto. Mas tomar decisão sem um mínimo de dado É impossível Não dá Impossível.

Speaker 5:

O instinto, ele direciona o dado.

Speaker 4:

Pra você investigar. A gente não pode anular o instinto, ele direciona o dado.

Speaker 5:

Eu acho que é legal Pra você investigar. A gente não pode anular o instinto, até porque tem feeling de investidor. Você tem um feeling peraí. olha isso aqui.

Speaker 2:

E o cara que é um bom gerente, ele sente velho, ele vai direto no Sabe, aquele chefe tipo o Diogo Velho, você acertou O golpe, está ali, ele sabe achar velho. sim, você faz o trabalho impecável. ele vai chegar e vai te perguntar aonde você errou esse feeling, essa percepção de onde está a fragilidade no dado. é porque assim o que é o dado, o dado é a matéria-prima pra informação. dado não é informação, mas é com ele que você vai gerar toda a informação que você precisa Isso.

Speaker 5:

Isso é uma questão muito chave, porque assim a grande questão do dado é como potencializar o feeling. Eu acho, eu tenho as minhas meus achismos.

Speaker 3:

Vamos olhar isso aqui. Vamos olhar isso aqui Vamos investigar. É exatamente a minha maneira de raciocinar e pensar.

Speaker 5:

O dado. ele é potencializador, Assim como inteligência artificial, assim como machine learning. O que acontece com o IA, machine learning se você pega uma informação ruim, Você vai potencializar algo ruim.

Speaker 3:

Você não vai chegar no resultado, vai espalhar um monte de coisa ruim Exatamente.

Speaker 5:

Então esse é o cuidado que a gente tem que ter A análise de dados, o BI, a ciência, a engenharia, ela nunca vai anular o feeling. O feeling sempre vai ser importante, Mas ele vai servir nesse quesito como um direcionador, Nunca como uma batida na pedra, entendeu. Mas eu entendo que a gente tem outros desafios também no nosso país né, Por exemplo, muito software é precificado em dólar, por exemplo. A gente tem Nossa.

Speaker 3:

É porque, querendo ou não, né o mercado, a gente produz muito pouco aqui, né Então as tecnologias. Se a gente conversou sobre isso, mais cedo acaba vindo de fora, não tem como.

Speaker 4:

E é um ótimo mercado pra quem é estrangeiro, porque a gente investe muito não na maior economia do mundo, só que compra de fora.

Speaker 3:

Faz parte, né Faz parte do game.

Speaker 5:

É são as características do nosso país. Né É com certeza. Eu acho que tem os benefícios, porque a gente acaba aprendendo muito, né Tem empresas que estão muito avançadas nessa questão de data literacy e tal. A Click é uma das que eu mais uso, uma das tecnologias que eu mais uso. Eles têm tecnologia assim absurda de automação Sensacional.

Speaker 3:

Muito interessante, cara, estamos chegando naquela hora, assim. Mas antes de chamar as nossas considerações, eu tenho que deixar aqui um depoimento, rodolfo, cara, adorei o papo. Acho que o pessoal, principalmente quem quer começar ou quem tem dúvida ou que tem, acha que não pode mudar a vida, ou acha que não pode conseguir com pequenos movimentos, pequenas mudanças, atingir grandes objetivos. Né, e seguir aí o conselho do seu tio, né, cara, que vai ficar aqui como corte, é deixar o parabéns aí e obrigado por você compartilhar essa história com a gente, com todos os nossos ouvintes, e eu tenho certeza que a galera deve ter arrepiado como eu arrepiei aqui, eu acho que como os meus colegas de mesa aqui e o Gomes lá na África, velho porque tipo foi foda cara.

Speaker 5:

Ah, obrigado, obrigado, cara. Muita coisa que eu tô falando de primeira mão mesmo tá De coração. Nunca tinha falado, na verdade, assim, cara a gente que vem de uma família mais humilde, muitas vezes a gente tem vergonha de falar a nossa história, a gente fica um pouco tímido, né Assim como a gente aprendeu, tipo cara, pô, quem ganha dinheiro é malvado E a gente tem que desconstruir tanta coisa, né quando a gente se torna adulto né. Então eu também agradeço aí o espaço. Cara, tô à disposição, caso não esteja passando por esses momentos aí né.

Speaker 1:

E vamos pra cima.

Speaker 3:

O Steranz vai chamar agora. Agora vai lá.

Speaker 2:

Sterenzo, eu agradeço você ter me abordado.

Speaker 2:

No elevador lá pitch todo empreendimento de chegar e fazer um pitch ali e a gente trocar uma ideia, e assim nem eu nem você sabíamos no que ia dar. Mas isso também fica de lição pro nosso público. Cara, as vezes você bate numa porta, coisas acontecem, entendeu, isso é um negócio maravilhoso, fantástico. Fico feliz por não ter ignorado essa oportunidade. Se a gente tá aqui junto hoje E agora, cara, esse microfone tá na tua mão as suas considerações finais desse podcast. Pode deixar aí a mensagem que você quiser desde link página propaganda do cara. Fica à vontade. Tá com página publicidade.

Speaker 5:

Propaganda do cara fica à vontade. Tá com o cheiro Cara bom. Primeiramente, agradecer. Eu acho que uma das coisas que eu aprendi né ao longo dessa jornada foi a realmente correr atrás das coisas que a gente quer. né tô aprendendo aos poucos também. Né me como que eu posso dizer me vender melhor, fazer pitches melhores. Então o pitch do elevador é um exemplo clássico do que cara você pode conseguir uma oportunidade de emprego, uma oportunidade de estar num podcast. Eu acho que a mensagem que a gente tem que trazer é essa né comunique-se.

Speaker 5:

A gente vê no perfil da área de tecnologia como um todo uma galera que tem um perfil bastante introvertido e cara você não precisa virar um comediante, mas cara aprenda a se comunicar, aprenda a fazer networking, aprenda a buscar, não só através da tecnologia mas através das pessoas, voos maiores. Né E cara, se eu posso deixar uma mensagem final é nunca desista dos seus sonhos, nunca desista dos seus objetivos. Cara o mercado tá muito bom pra quem realmente quer fazer acontecer. Né E pra quem quer falar comigo, quer trocar uma figurinha às vezes tá passando por um momento e precisa aí de um apoio. Né Cara, meu Instagram é generalrodolfão. O general não é ator, esse e-mail é antigo. Né generalrodolfão no Instagram, meu LinkedIn é rodolfobarbosa né, e você vai encontrar também os canais do YouTube do DataSquad. Vai encontrar as páginas das redes sociais E a gente está à disposição para trocar figurinhas sobre tecnologia, sobre várias coisas E, mais uma vez, agradecer a oportunidade aqui. Muito obrigado, pessoal Sensacional.

Speaker 3:

Muitíssimo obrigado, cara Valeu.

Speaker 2:

Você é diferente. esse com palmas, isso aí.

Speaker 5:

Muito obrigado.

Speaker 1:

Esse foi mais um episódio da quinta temporada do Podcafé da TI E você que nos acompanha no Spotify pode seguir o Podcafé também no Youtube com imagens em alta definição, e aí você aproveita pra comentar, se inscrever no nosso canal e ativar as notificações, assim você não perde nada do Podcafé da TI Até o próximo episódio.

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