PODCAFÉ TECH
Aqui você encontrará um bate-papo informal entre profissionais de TI e convidados das mais diversas áreas tratando temas quentes com muito bom humor. Se você é apreciador (ou não) de um belo cafezinho, com certeza vai curtir esse bate papo. Uma forma descontraída e agradável de se informar e manter-se atualizado com as principais questões da gestão de tecnologia. Nossos hosts Gomes, Mr. Anderson e Dyogo Junqueira nos conduzem através deste podcast, sentados em torno desta mesa virtual, tentando reproduzir o prazer daquela conversa inteligente acompanhada pelo cafezinho da tarde, vez ou outra deslizando para uma mesa de bar, afinal ninguém é de ferro. Feito pra te acompanhar na estrada, no metrô na academia ou onde mais quiser nos levar, colocamos o “Pod” no seu café! Pode desfrutar, pois foi feito pra você!
PodCafé Tech
PODCAFÉ TECH
Felipe Prado | O Lado Sombrio da Segurança Digital
No episódio especial de Halloween do PodCafé Tech, Felipe Prado volta à mesa para um papo sombrio sobre ataques, IA e o medo real que ronda a segurança digital.
Entre sustos e verdades, discutimos como a tecnologia pode ser tanto o vilão quanto o herói — e por que o maior risco pode estar bem dentro da sua empresa.
PodCafé Tech é um podcast onde Mr Anderson, Guilherme Gomes e Dyogo Junqueira, recebem convidados para falar de uma forma descontraída sobre Tecnologia, Segurança e muito mais.
YouTube: youtube.com/@podcafetech
Instagram: instagram.com/podcafetech
Linkedin: linkedin.com/company/podcafe
Muito bem, muito bem, muito bem! Estamos começando mais um Pod Café Tech, Podcast, Tecnologia e Cafeína. Meu nome é Anderson Fonseca, é o Mr. Nerds, como você já pode perceber, isso não é qualquer. Não é qualquer pod café tech. Estamos no podcast de Halloween! E por motivos estranhos a produção disse que eu não preciso de fantasia. Bom, mas vamos em frente, eu vou abrir em homenagem ao nosso convidado com um trechinho de uma poesia que eu sei que ele vai conhecer. Darkness falls across the land. The midnight hour is close at the hand. Creatures call in search of blood to terrorize your neighborhood. Vamos que vamos.
SPEAKER_02:Que é Gogô, a fada sensata da CS Pro, e vamos começar mais um episódio.
SPEAKER_03:Sensacional. Joe Junqueira, CEO da CS Pro e da Assessber Pro. Pra nós é um prazer receber o convidado hoje. Não reconheci ele aqui do meu lado, mas enfim, vou deixar ele mesmo se apresentar com essa máscara. Eu achei que tava transitando a própria Zorro, né? Mas não é a Zorro que eu tô entrevistando. Enfim, vou deixar ele mesmo se apresentar.
SPEAKER_05:O que eu vou falar aqui? Olha, no meio que eu tô de três malucos. Bom, Felipe Prado, mais uma vez aqui.
SPEAKER_03:Descobriramos. Nossa, cara! Caramba, agora eu entendi a fantasia do Superman, cara, até que enfim.
SPEAKER_05:Faz sentido, né, cara? Mais uma vez aqui com vocês.
SPEAKER_01:Ah, cara, estamos aí de novo agora no Halloween. Eu resgatei aqui referência de um dos primeiros episódios que você teve com a gente, que eu falei sobre o Michael Jackson, né? A gente teve aquele. A famosa sinuca que não tem. Sinuca que não tem buraco.
SPEAKER_03:Específico, não, é uma sinuca. Descobri depois daquilo lá. A verdade choveu de comentário de gente que joga aquela parada, entende, crítica na gente, cara, que toca comigo, tem televisão de 2005, falando, não, isso é um jogo, isso é um jogo, que não sei o quê, achei bem legal, porque realmente eu não sabia. A gente que tinha a parada lá sem nosso. Exatamente. A gente tem que reconhecer pelos comentários. Não tem nada de nada, velho.
SPEAKER_01:Os conspiracionistas podem dizer que, na verdade, o universo mudou. O jogo nunca existiu, mas agora existe. Estamos em outro lugar. Mas de toda forma, puxei aqui a poesia do Vincent Price, que, pô, nem palheta.
SPEAKER_03:Se a gente falar um pouco mais do Felipe Prado aqui, cara, que história é essa da lojinha?
SPEAKER_01:Você acessando podcafé.tech, você vai encontrar a lojinha do Pod Café. A loja onde você encontra camisetas maravilhosas como essa. Tema especial. Esta. Do tema. Isso.
SPEAKER_05:Eu quero uma dessa aí, velho. Na hora, já tenho. Essa é bem legal, né? Bem bacana, né, velho? Eu não quero com vocês, eu quero uma dessa daí. Não, com certeza. A Belite é muito mais legal. Não, vocês eu já tenho quatro, cinco camisas de vocês. Essa daí eu já tenho uma dessa pra ele.
SPEAKER_01:Erro 404. Legal, velho. Rebuche ofers. Sensacional.
SPEAKER_05:Caramba, tá aí. Vou dar um recadinho pra Fernanda. Fernanda, por favor, providenciar uma camisa dessa pra mim, tá? É, viu?
SPEAKER_01:Providencia a camiseta pro prado aí, vai. Aí. Nossa, a camisa da camiseta tá aqui dentro.
SPEAKER_03:Confia. Essa confia. Tá aqui dentro? Tá, confia. Viu? Ó. Beleza. Pediu, tá na hora. Produção aqui é rápido. Eu lembro de falar.
SPEAKER_01:Mas como é que a galera pode comprar essa camiseta, cara? Cara, no site lá do Podcafete, você vai encontrar a lojinha. Na lojinha você encontra não apenas esta, mas muitas outras camisetas e também canecas, quadros, eco bags e etc. Sim, você vai encontrar até o livro de Mr. Anderson. Vai estar lá disponível pra você também, as 7 portas da TI. Se você não encontrar lá, você pode procurar na Amazon também. Vou aproveitar e fazer já, já que estamos fazendo já. Vamos jabazar com vontade. Mas vai lá e tudo aquilo que é adquirido, tudo aquilo que é arrecadado, melhor dizendo, na lojinha do Pode Cafetec é doado para Naya Autismo, que é a instituição que nós apoiamos aqui. E mais do que apenas doado. É dobrado pelo bolso infinito de jogo junqueiro.
SPEAKER_03:Ah, infinita é sacanagem. O núcleo de arte e inclusão autista, né? O Naia Autismo. Então, assim, toda a renda realmente que a gente faz ou tem com essas camisetas, cara, vai direto pro Nai Autismo. A gente presta conta lá mensal, lá no site, Potecafé.tech, você vai ver. E, claro, é um compromisso que eu tenho aí com a galera, tudo que arrecadar lá de lucro, eu ainda coloco em cima o dobro ali pra ajudar a instituição. E quem quiser conhecer mais sobre o Naya, cara, apoia o pessoal aí com banda, com arte, teatro. Acessa lá que você pode doar diretamente ao Nai Autismo, uma instituição ali formada só por pais, por pessoas realmente que dedicam o tempo pra essa comunidade, pro pessoal que tem que estar dentro do espectro, então. Bota umas camisas do Security Lifestyle pra bem ver. Vamos colocar. Tá aí, valeu, cara. Vamos colocar. Valeu demais, vamos colocar. Obrigado demais pra isso aí.
SPEAKER_05:Faz o que vocês quiserem, o logo, faz o que vocês quiserem, porque o revés. É isso aí, cara. É muito legal. Parabéns, cara.
SPEAKER_03:Vamos colocar sim. Isso aí é certeza que vai acontecer. É isso aí, muito bom. Mas vamos lá. Prado, cara, bem-vindo novamente aqui, cara. Cara, é quinta ou sexta vez? A gente parou de contar, cara. A senão vai contar na idade, né? Essas coisas.
SPEAKER_05:Eu já assinei ali o contrato de sociedade.
SPEAKER_03:Não, então tá tudo certo, né, cara? A partir do próximo tem quatro. São só mais três, são quatro. Exato, não tem como. São quatro. E pra começar, cara, assim, eu acho que você dispensa apresentações, se você não sabe o que é Felipe Prado, pô, cara, vem de episódios pra trás, né? É, venha bem-vindo à vida real. E assim, tem uma porrada de episódio aí. Ou você não tem nada a ver com tecnologia, com TI, então, assim, você tem que saber quem é Felipe Prado. Então vamos começar, cara, sobre o cenário da segurança da informação atual, cara. Como é que tá o cenário da segurança da informação atual? Você que estava rodando aí, pô, não só no Brasil, né? Teve a oportunidade de rodar em vários lugares da América Latina, do mundo em relação à segurança. Como é que tá o cenário hoje da segurança da informação?
SPEAKER_05:Cara, eu tenho acompanhado bastante, até pelo blog, né, que atualizo todo dia. Então é um exercício diário mesmo de estar up to date com o que está acontecendo. O que eu vejo bastante, cara, que tem acontecido muito, é ataque à terceira parte. Isso é uma coisa que a gente tem acompanhado. O vídeo que aconteceu esse final de semana com os aeroports na Europa foi um ataque originário daqueles da parte, o caos que se originou. A gente teve casos aqui no Brasil do Pix, o originário de vendas, de usuário, enfim. Eu hoje vejo três grandes pilares da segurança. Antigamente a gente falava da superfície de ataque, mas a superfície de ataque aumenta cada mês, né? Sim. E hoje a gente tem a terceira parte, a gente tem a NAI. A NAI é um tema que, a IA, né? Um tema que está trazendo modificações para a segurança, tanto na proteção como no. Tanto na defesa como no ataque. E a questão de usuários e identidade, isso, cara, isso eu vou sempre bater na tecla, porque no final de cada ataque a gente fala de identidade e acesso. Não tem como, né? Então, são três pontos que eu vejo que é de extrema atenção que está rolando no mercado no cenário mundial, né? Não no cenário nacional, no cenário mundial. A gente acompanha o mercado, então.
SPEAKER_03:Não tem como, né, evitar. E aí você tocou na questão dos ataques do Pix recente, né? Que foi algo que chamou bastante atenção, que foi uma movimentação grande, né? Foram grandes movimentações, o negócio ali. É, mas vendido por uma miséria, né? Diríamos assim, né?
SPEAKER_05:O cara vende seu acesso por uma miséria pra fazer o prejuízo de mal.
SPEAKER_03:É isso que ia falar, cara. E aí a gente volta a falar do tal duelo mais fraco, né, cara? Aquela questão ali. Como lidar com isso dentro de uma segurança de formação corporativa, dentro de um plano de segurança de formação corporativa, que nós não estamos falando de empresas ali que eram empresas pequenas ou empresas novatas no ramo, né? É empresas maduras, entendeu?
SPEAKER_05:Cara, é mais do que a hora de mudar esse clichê, né? Acho que a gente tem alguns dogmas e paradigmas que foram feitos para serem quebrados. Inclusive, o usuário, o seu elo mais fraco da segurança. O usuário é o elo mais importante, velho, da segurança. Eu vou sempre bater nessa tecla porque não tem fraqueza. O ser humano é fraco por natureza. A gente é fraco por natureza. A cabeça da gente, ela é fraca. Querendo ou não, ela é fraca. A gente que se fortalece ao acordar, vamos dizer assim. E a segurança, velho, ela tem realmente aquela linha tênue, né? Entre a ética e a não-razão. Não vou dizer o crime, né? Mas a não-razão. Cara, a partir do momento que você se vende por uma miséria, desculpa, velho, isso não é questão de segurança, isso é uma questão de valores morais, bicho. São seus valores. Ah, todo mundo tem o preço. Cara, nem todo mundo, velho. Eu não tenho preço. Bom, talvez se você me ofereça uns 50 milhões de dólares, talvez eu tenha o preço.
SPEAKER_02:É, mas o meu preço não é 15 mil reais.
SPEAKER_05:15 mil reais, né, velho? Mas brincadeiras à partes, isso é uma coisa que eu vou sempre bater na tecla, cara. Nem todo mundo tem um preço. Entendeu? Nem todo mundo. Isso que isso é uma coisa que papai que tá lá no céu já bateu no peito pra ter orgulho do filho, entendeu? Porque a segurança, ela tem realmente esses percalços. Principalmente quando você é um cara que tem acesso a determinadas informações que são válidas pra outro, né? Você se corrompe ou não? A gente viu que tem muita gente se corrompendo. Demais. Não é só um cara.
SPEAKER_03:Chegou a ter gerente de banco vendendo a máquina, cara. É vendendo a máquina pro cara acessar. Inclusive, foi assim que foi pego a galera, né? Então foi uma grande operação ali pra pegar uma boa parte da galera desse jeito.
SPEAKER_05:A gente viu, cara, são, sem citar nomes de empresa, mas tem site que você faz um anúncio agora, daqui a 15 minutos você tá recebendo o negócio no WhatsApp.
SPEAKER_03:Não, cara.
SPEAKER_05:Como é que vaza 15 minutos depois? É automatizado. Só pode ser, cara. É isso que eu falo. O vazamento automatizou.
SPEAKER_03:Automatizou.
SPEAKER_05:Algumas empresas, o vazamento é automatizado. Você coloca um anúncio 15 minutos depois, faz um teste, cara. Anuncia um carro numa plataforma, 15 minutos depois você começa a receber a ligação de fraude.
SPEAKER_03:E assim, você começa a receber de N. Das fraudes e não fraudes. Porque é oferecimento também de financiamento, não sei o quê. Exatamente.
SPEAKER_05:Você não concorda com nada daquilo. Exatamente. É completamente surreal. Então, eu acho que é mais do que claro que muitas das fraudes corporativas que a gente vê que são do nosso cotidiano, elas estão automatizadas. Elas já foram automatizadas internamente. Internamente, porque não é possível, cara. É completamente surreal você cadastrar um negócio no site. E, cara, eu tô dizendo 15 minutos, mas tem casa diante. Pouco tempo depois você recebe.
SPEAKER_01:Posso citar aqui um exemplo real que me aconteceu? Foi, eu solicitei uma. Quando eu morava em Maceió, solicitei uma internet pro meu apartamento. Beleza, fui lá e me inscrevi no site pra mim receber uma internet. Vamos falar, dá claro. Dá claro pra instalar a internet lá em casa. Beleza. Os caras chegaram lá e não conseguiram puxar o cabo ou por dificuldade do prédio, alguma coisa assim. Beleza. Daqui a pouco eu começo a receber ligações de todos os concorrentes. Como? Como? Como?
SPEAKER_05:Os caras. Será que o vazamento tá indo para as outras empresas também? Como, velho?
SPEAKER_03:Lead compartilhada?
SPEAKER_01:É, assim, eu pensei, cara, alguém vendeu essa informação, entendeu? É óbvio. Porque assim, por que um concorrente ia ter todos os detalhes do que eu tô querendo comprar?
SPEAKER_05:E no final, dentre os três pilares que eu citei, bate a 11. Usuário sempre. Usuário privilégio. Se eu tenho acesso, que continua sendo. E cara, como lidar com isso? Cultura. Eu acho que a gente está muito acostumado, nesse nosso cenário social, to passar a mão no erro. A dizer que o errado veja bem não é por aí. Não, não tem veja bem. O cara tá errado. It precisa ser punido. It não pode ser penalizado. Ele tem que ser punido. The melhor comunicação que existe dentro de uma empresa chama-se radiopeão. Se você pede um cara, pega um cara que fez, desculpa o palavreado, merda na empresa, manda esse cara embora, coloca o nome dele na radiopeão, já era. Acabou, velho. Quem é que vai fazer o próximo, sabendo que você vai ser demitido? Entendeu? Então, eu acho que isso a gente ainda vai chegar num cenário onde a gente não vai passar a mão no errado. Não é o cara tá errado e ele é um coitado. Não, coitado sou eu que fui penalizado pelo erro dele. Entendeu? Porque hoje a gente é penalizado socialmente pelo erro dos outros. And corporativamente também. Muitas vezes a gente pode ser penalizado pelo erro dos outros. Entendeu? Por quê? Porque o cara não teve oportunidade, não. Ele teve a mesma que eu, ele está na mesma empresa que eu. Ele teve a mesma oportunidade. Entendeu? Eu não fui colocado numa empresa, eu participei de um processo, assim como ele. Entendeu? É o que a gente estava falando. Indicação, ela te abre portas, ela não te dá um emprego. Você passa pelo processo normal. Então, quando você está no emprego, você passou por todo o trâmite. Mesmo sendo uma indicação, você passou por todo o trâmite. Porque assim como a área de segurança tem seus procedimentos, o RH também. Então você tem que registrar no sistema de RH, que passou na entrevista, que cumpriu, tal, tal, tal, pra vir uma carta oferta. Então, quando você está numa empresa que acontece um negócio desse, você está sendo penalizado pela ética de uma outra pessoa. E como é que a gente trata isso? Eu acho, é uma questão realmente de cultura. É você mostrar que a cultura organizacional funciona. Não é só no papel. Ela funciona, a questão da ética, da moral, isso tudo. A gente traz de casa. A educação, ela vem de casa, ela não vem da escola, ela vem de casa. E a gente traz isso pra empresa. A partir do momento que você começa a deixar isso de lado, cara, ao meu ver, qual é a solução? É demissão. Não tem outro. Você não tem, não tem ninguém que realizar, né, cara? Não tem.
SPEAKER_03:De novo, eu não vou passar a mão na cabeça de quem tá errado. E ainda, basicamente, além de desligar, vou servir de exemplo, mostrar de exemplo ali. Basicamente é obstáculo.
SPEAKER_05:Não precisa, cara, não precisa ser mandado por justa causa. Não precisa ser processado, dependendo do tamanho. No caso do que aconteceu do pixel na minha vida, ela pode usar isso. É cadeia, né? É cadeia, né? É cadeia. Mas em outras situações menos agravantes, você não precisa prejudicar a pessoa. Você desliga. Ó, você tá desligado, tal, que não sei o quê. Mas avisa a empresa. Avisa. Fala, ó, a pessoa foi desligada por causa disso, disso e disso. É tipo assim, o recado tem que ser dado. Ele tem que ser dado. Porque se você mascara, outros podem fazer achando que é normal. Ah, vai dar tudo bem. Imagina, isso nunca acontece comigo. Cara, a gente viveu períodos, assim, antes do que está acontecendo agora em relação a vazamento de dados, de várias empresas que achavam que nunca ia chegar nelas. Hoje você tem clínica de oftalmologia com dados vazados. Clínica de pediatria com dados vazados. Sabe? É empresa de contabilidade com dados vazados. E aí, nunca vai chegar em você? Chega. Óbvio que chega. Um dia chega, né? É só quando você vai se preocupar com isso, não.
SPEAKER_00:Exato.
SPEAKER_05:E como é que você vai fazer uma parada dessa? Vai mostrar que se fizer errado, não tem volta. Não tem volta. Pelo menos aqui é uma empresa que cumpre questões de educação, de ética, de moral, tal, tal, tal. É assim que funciona. A empresa te dá toda a liberdade do mundo. Siga os ditames, entendeu?
SPEAKER_01:Siga o caminho certo. Cara, a gente chegou aí numa coisa muito mais profunda do que a gente tem discutido, do que diz respeito à segurança, porque a gente está realmente entrando na raiz do problema que é. Vamos lá, vou até usar o termo aqui, educação moral e cívica. Exatamente.
SPEAKER_05:Isso não existe mais na escola. Eu cantava o hino toda sexta-feira, velho. Exatamente. Toda sexta-feira eu cantava o hino e cantava com orgulho. Era o hino da bandeira e o hino nacional.
SPEAKER_03:O que na escola luterana era de segunda loja e na sexta era. Era o hino.
SPEAKER_05:Exatamente. E isso foi muito bom. Porque uma coisa que a gente tem é ética. A gente sabe o que é educação.
SPEAKER_01:Definições do que são vícios e virtudes. Exatamente. Do que é ético, do que não é e tal. Essas definições de base ali, hoje, é meio que na sorte, porque assim, de fato, o cara tem que receber essa educação em casa. E a casa que não tem não oferece. E fica por isso mesmo. Antigamente, quando era na escola, nivelava o jogo, entendeu? Todo mundo tinha acesso a uma informação padrão ali, né? E agora não é mais assim.
SPEAKER_02:Mas aí eu acho que vai além disso, porque, cara, desculpa, o cara que vendeu um acesso, ele sabe que ele tá fazendo uma cagada. Ele sabe. Não, esse é óbvio, né? Porque ele não teve um ensinamento na educação. Eu também acho que ele sabe. Ainda mais, por exemplo, nesse caso, o Pix, era um cara de 40 e tantos anos de idade.
SPEAKER_03:É, ele tinha noção completa do errado que ele tá fazendo. Talvez ele não sabia o tamanho do prejuízo que ele ia causar. Porque senão não tinha cobrado tão pouco. É, talvez ele é burro.
SPEAKER_05:Eu acho isso realmente, cara, é um absurdo, mas você tem toda razão, velho. Vocês têm toda a razão. E esse lance, cara, a gente vive uma. Eu não vou generalizar falando uma geração, mas a gente vive uma parte de uma geração que não foi educada em casa. E que muito menos foi educada na escola ou na faculdade, né? Que vive em Grêmio, vive num cenário geopolítico assim completamente absurdo, entendeu? Então não adianta você querer não educar seu filho, porque se você não educar, velho, o mundo vai educar. E o mundo não é bom. A educação que o mundo vai dar não vai ser boazinha.
SPEAKER_01:A gente tem uma série de instituições aí que ajudam a sociedade. A gente pode falar de igreja, centro espírita, de instituições com fins lucrativos, sem fins lucrativos, NAE, autismo, várias instituições. E muitas vezes o que essas instituições estão trazendo é só o básico, né? Falta o básico em casa, entendeu? O pai que não conversa com o filho, velho. Eu estava batendo papo com um grupo evangélico, cara, pô, minha vida mudou, não sei o que. Cara, tua vida mudou que você parou de mentir. Você parou de trapacear, você parou de dizer aquilo. Não é sobre. Caramba, existem valores que você passa a adotar e muda. E às vezes, cara, quando falta em casa, quando falta, o governo não está oferecendo, ninguém está oferecendo de nada. As consequências vão batendo na sociedade de forma louca.
SPEAKER_05:Eu faço mentoria, cara, às vezes, de ajuda psicológica, cara. Porque o cara não tem suporte, por exemplo, o cara vai fazer uma entrevista na semana que vem, ele queria bater um papo. Bater um papo, velho. Pô, me dá uma ajuda, vamos trocar uma ideia do que pode vir e tal. Por quê? Porque ele não tem isso em casa. Eu tive, velho. Eu tive.
SPEAKER_03:E aí eu tenho que tocar nesse assunto, cara. Você ajuda a gente pra caralho. Você tem o seu blog lá, que você tá diariamente metendo notícia. Você faz o resumo, né, semanal agora, que deve te tomar um tempo do caramba. Cara, por que você faz isso? Isso te toma um tempo, né, cara? Sim. Ajuda o quê? Te dá dinheiro isso ou não?
SPEAKER_05:Não, zero. Então tem retorno. Mas te toma um tempo. Isso me toma um tempo, mas isso me dá uma coisa que dinheiro no mundo me paga, que chama satisfação pessoal. Eu já ouvi muita coisa, muita coisa mesmo assim, principalmente em eventos, de pessoas que eu ajudei sem saber que eu ajudei. Ah, que massa. Então, de pessoas me pararem, me agradecerem, um casal, como eu tava falando anteriormente, dentro de uma roadseck, de me culpar, entre aspas, mas me agradecer por ser o cara que deu a possibilidade deles se casarem, porque eu ajudei os dois a serem empregados na mesma empresa. Cara, eu não. Tipo assim, não foi mais do que a minha obrigação ajudar. A gente vive uma sociedade de críticas e não de apoio. A gente precisa de apoio. A gente precisa se apoiar, se ajudar. E se ajudar não tem retorno financeiro, tem retorno espiritual, é moral, que é muito melhor do que o financeiro.
SPEAKER_03:É, eu concordo plenamente, cara. E assim, você também é bom, não sou. Lógico, claro que não. Tem que ter a fonte de renda, mas. Exato. E como é que funciona o seu papel, por exemplo, com a comunidade? Você está sempre envolvida, vê final de semana, em evento, etc. Palestrando pra lá, palestrando pra cá. E a galera deve ter pensado do outro lado, cara, ele tá enchendo o bandu de dinheiro, né? Como é que é?
SPEAKER_05:Não se iludam, não se iludam. Palestra não dá dinheiro, evento não dá dinheiro. Organizar um evento é um prejuízo, sabe? Não tem retorno. Raros são os eventos que te trazem algum tipo de retorno. Isso não existe, não caiam. Cara, Papai Noel, ele não existe. Entendeu? A fada dos dentes, é o papai que coloca, né? Desculpa, crianças, mas é o papai que coloca o dinheirinho ali. A gente tem que ser realistas, velho. Não, é. A fada do dente ela existe até a página 2, né? Mas. Ah, é a fada do dente aqui. Aqui é a fada do dente aqui. Desculpa, dente. Gaf.
SPEAKER_01:Mas. Eu vou até ver.
SPEAKER_02:Mas eu pego o dinheiro. Eu já pego o dinheiro dos pais.
SPEAKER_01:Essa fada bota dinheiro. No bolso de jogo. Mas bota e bota dinheiro. Mas bota, tá certo. Tá certo. Tá certo.
SPEAKER_05:Mas, cara, evento, ele é uma coisa que você tem que organizar pra comunidade, pra ajudar o próximo. Não é pensando em retorno financeiro, porque não vem. Não vem. Não tem. O evento você paga pra realizar aquele evento. Mesmo tendo patrocínio, tudo, você paga pra realizar aquele evento. Porque ele não é barato. Não é barato.
SPEAKER_03:Mas você tá falando, tipo, pô, falaram, B size da vida, eventos grandes, de novo.
SPEAKER_05:Imagina, Anquises, Bordini, essa galera coloca dinheiro no bolso deles, cara. Pô, cachorro-quente, quem faz somos nós, a Confraria. Tudo que é feito ali é feito por nós. A banda toca sem cobrar nada. Ninguém nunca cobrou nada da MD5, ninguém nunca cobrou nada pra B-Sides. Entendeu? O máximo que o Anquises faz é colocar uma bateria e pé de voz. E olha, não, a bateria não, só o pé de voz. A bateria o Padulinha leva. Geralmente, quando a gente vai tocar, o nego coloca a bateria, aquelas coisas todas. Sabe, ali é o quê? É da comunidade pra comunidade. Não tem. O business da gente é a nossa profissão. É ali que a gente ganha dinheiro. E se a gente pode organizar um evento que vai transformar a vida das pessoas, tu quer satisfação melhor do que essa, velho?
SPEAKER_03:Isso é o maior investimento que você pode fazer na tua vida. Não, e tem gente do outro lado agora perguntando, mas então pra que você vai e gasta seu tempo pra palestrar, fazer isso? O que que te. Isso, no final, te ajuda?
SPEAKER_05:A palestra, cara, toda palestra que você faz, ela é uma pesquisa tua. Então já te ajuda a adquirir conhecimento, a crescer conhecimento. Então, se você tá palestrando no evento, é porque você fez uma pesquisa, preparou um material, submeteu e vai palestrar. Então você já tá agregando conhecimento a ti. E tu tá num palco agregando conhecimento ao outro, ao próximo, né? Às pessoas que estão ali. Então, qual é a satisfação? É pessoal. Exige? Exige. E as pessoas só olham, pô, vê o cara palestrando numa Black Hat, numa DEFCON, que seja numa H2HC, numa Mindeseck. Nossa, tá o Cheryl. Sabe o que aquele cara passou pra estar ali? Que ele acordou 4 horas da manhã de domingo pra fazer uma pesquisa, que ele virou à noite preparando um PPT, pra poder submeter, que não sei o quê. O backstage ninguém vê. Nego só vê o showtime. Mas não tem só showtime.
SPEAKER_02:Você quer ver as pinquinhas bebês ninguém?
SPEAKER_05:Meu, de 45 minutos de palestra tem 6, 7 dias de preparação, velho. De Casas Bahia, dedicação total a você. Não tem meio termo. Entendeu? É.
SPEAKER_03:E mesmo nesses grandes eventos, no caso, então você tá lá como. Palestrante, cara. Eu submeto, sou aprovado, nunca ganho um real com palestra e nunca vou cobrar. Galera, você sabe que a galera não tem a menor ideia disso no bastidor. A gente se vê lá e fala, porra.
SPEAKER_05:Imagina, não tem dinheiro. Palestra não tem dinheiro, velho. Você tá levando conhecimento pro próximo. Raras são as pessoas que eu conheço que ganham uma mixaria com palestra. Eu posso te dizer o seguinte: o que tu ganharia numa palestra é que eu tiro num show de noite. Tipo assim, não paga nem a net.
SPEAKER_03:Entendi.
SPEAKER_05:Não paga nem a conta da net no final do mês. Entendeu? É satisfação pessoal. É uma satisfação. É uma satisfação pessoal.
SPEAKER_03:Então, cara, você falou pra mim que agora quatro da manhã, diariamente, etc., pra se atualizar. Sim. Como é que é fazer isso todos os dias? Porque vamos lá. Isso é um outro problema que eu vejo com muita gente de fazer a coisa repetida. Porque se torna, entre aspas, você pode se enjoar. Qualquer área, qualquer coisa.
SPEAKER_05:Mas é enjoativo, velho. Tem dias que é um saco. Tem que ter disciplina, né? E quando tu viaja, que você tá de férias? Eu estava em Portugal fazendo post aqui. É isso que eu ia perguntar. Como é que você faz?
SPEAKER_03:Você continua.
SPEAKER_05:Continua, acordo cedo, vou postar, vou atualizar, a gente sai, vai almoçar, vai passear, que não sei o quê. Minha mulher tá tomando banho, eu tô sentado no notebook atualizando o blog. Ela já até sabe. Ela acorda às vezes de manhã, que ela acorda mais tarde.
SPEAKER_03:Tem um negócio fora disciplina.
SPEAKER_05:E eu tô no notebook atualizando o blog. Ela tá dormindo ali. Eu tô 5 horas da manhã preocupada em.
SPEAKER_03:E algo que ele não tá ganhando nada.
SPEAKER_05:Não tem dinheiro nenhum, velho. Mesma coisa dos bonés, das camisas, tudo. Eu nunca vendi nada do Secret Lifestyle. Nunca vendi nada. Porque eu nunca tive esse insight que vocês tiveram. De ceder o dinheiro pra uma instituição. Eu acho isso muito legal. Muito por isso que eu falo. Se quiserem vender coisas de coisas.
SPEAKER_03:A gente começou a vender essa parada, velho, só por causa que a gente não aguentava mais dar. A gente não tinha verba mais pra dar. Ficou pesado, entendeu?
SPEAKER_05:É porque vocês são empresários, eu sou pessoa física. Então, então eu mando fazer assim, dez camisas na Shopee. Cara, eu fiz, cara, bonézinho, eu tenho quatro tipos de boné, fiz bandeira. Me dá pra só um minutinho, me dá essa básica aqui. E eu vou dar um exemplo. Algumas bandeiras que alguns hacker clubes têm, fui eu que fiz, velho. Mas ninguém precisa saber, cara. É presente meu pro hacker clube. Que legal. Entendeu? Encontro a galera, pô, falo que não sei o quê. Poder ajudar uma galera que tá começando, velho, montando o hacker clube, sabe?
SPEAKER_03:Só que muita gente vai te ligar agora, né?
SPEAKER_05:Mais gente ainda. Pode vir procurar. Pode procurar, pode procurar. Depois que você tá falando, ele vai te ajudar. É muito legal, velho. É muito legal. Pô, você faz uma bandeira enorme, que não sei o quê. Você chega no evento, a bandeira que você fez tá lá. Porra, todo mundo sabe. Ninguém sabe, velho. Não me importa. Não é pros outros, é pra você. É pra mim, é um presente pra galera, velho. Hacker é um pouco.
SPEAKER_02:E a possibilidade de conseguir ajudar alguém, cara.
SPEAKER_01:Ninguém me ajudou, velho. Se eu posso ajudar hoje, por que eu não vou ajudar, cara? Eu adorei o termo Hacker Clube, parece motoclube, imagina. Mas é meu moto. Tem um garoto, cara. Tem o garoto hacker clube. Jaquetinha montada em desktop, entendeu? Mas a pegada é minha, mas eu era um garoto.
SPEAKER_05:Eu tive em um, em Seattle, surreal. Uma galera, assim, focada em skate elétrico. Os caras hackeavam skate elétrico.
SPEAKER_03:Era a pegada dos caras.
SPEAKER_05:Skate elétrico, era só isso. Os caras bateram 110 quilômetros no skate elétrico. Obviamente que com manequim em cima, né? O briefing do negócio da galera. Ninguém queria arriscar, né, velho? Imagina, mas, cara, o lance dos caras é aumentar a velocidade de um skate elétrico. É incrível, velho. É incrível, porque os caras compram, são executivos de empresa, eles têm um galpão nesse ato, assim, muito legal que você chega lá, tem um monte de manequim de teste de carro. Que massa! Que porra é essa, velho? E um monte de skate elétrico, o nego compra, cara, debuga aquela parada inteira, velho. Desmonta hardware peça por peça. Solda, coloca uma peça nova e não sei o que e tal, pra aumentar a velocidade do bagulho, velho. É muito legal, cara. O hacker clube, bicho, é. Eu acho, eu vejo muito o hacker clube como lugar de encontro da galera pra falar de tecnologia. Não tem cara. Hacker, velho, que você vê em Mr. Robot, essas coisas é série de TV, gente. Essa é série de TV, esse mundo não existe. Nem DEFCON, essa porra existe. Sabe? Obviamente, tem os grupinhos fechados, algumas coisas assim, mas o Mr. Robot é Mr. Robot, cara. O lance do hacker clube é trocar informações, conhecimento, experiência e tal. Isso é legal. Cara, garoua Hacker Clube aqui em São Paulo, do Anquises, do Pessoal. Tem o LHC, que é o Laboratório Hackers de Campinas, o Hacking Cariri, o. Cara, são vários assim, ó, a galera do Cangaceiro. Então, hoje a gente no Brasil tem vários hacker clubes que apoiam uma galera muito legal, velho. Eles dão oportunidade pra quem não tem. Pra quem não tem, a galera do Hacking Cariri faz um trabalho fantástico, bicho. Fantástico. Entendeu? Por quê? Apoiando uma comunidade que era inexistente. Era inexistente, os caras estão querendo um evento. Sabe, vai ter um evento. Sabe, no Nordeste, quando você já viu um evento em João Pessoa, na Paraíba, nunca.
SPEAKER_03:Difundir lá, levar a tecnologia pra vários cantos.
SPEAKER_05:Como é que você não vai apoiar uma galera dessa? Você tem que apoiar.
SPEAKER_03:Tem que apoiar, cara.
SPEAKER_01:Inclusive, nós queremos apoiar.
SPEAKER_05:Você pode entrar com a tua gente.
SPEAKER_01:É, a gente.
SPEAKER_03:Vou até mandar pra galera depois.
SPEAKER_05:Falou, ó, falei de vocês no podcast mesmo, né?
SPEAKER_02:Vamos dar um força. Com certeza, cara. Mas isso é legal. Ei, você aí, já se inscreveu no nosso canal, já ativou o sininho das notificações e aquele comentário. E as nossas redes sociais? Você já seguiu a dos apoiadores, da CESPRO, da CESCyber? Bora lá, tá tudo aqui na descrição.
SPEAKER_03:Cara, assim, no mundo empresarial corporativo, nenhuma empresa caminha sozinho. Todo mundo em empresa precisa de outra empresa, de fornecedores. E a gente tem visto vazamentos acontecendo, e às vezes empresas sendo penalizadas porque outros fornecedores não estavam com a casa em dia, ou tinha alguma coisa. Problema lá. Como é que lidar com isso nessa cadeia de fornecedores que a gente tem? Como é que funciona? Como é que é a sua sugestão para hoje em dia? Porque o que mais tem, cara?
SPEAKER_05:Isso é preocupante. Lembrando que antigamente a gente trabalhava por perímetro. A gente tinha controle de perímetro. Agora a gente tem ecossistema. Como é que a gente vai controlar um ecossistema que é diferente de outro? E é um ecossistema, não é um ambiente de mercado.
SPEAKER_03:E um ecossistema dependente, né? Necessariamente tem que estar lá.
SPEAKER_05:Eu, em tempos de Price Ernest, eu fazia muita auditoria em terceiros de grandes bancos. Principalmente em correspondentes bancários. Que faziam pagamentos para grandes bancos, que eram os clientes da Price e da Ernest. E a gente seguia um checklist, era uma auditoria. Pra saber o seguinte: você tem o mínimo de segurança desejável para ser um parceiro de tecnologia desse cara, desse banco? Tem, não tem. Tem, não tem. Então a gente fazia isso. Hoje em dia, de novo, cara, eu acho que a gente vive uma cultura muito de passar a mão na cabeça. Sabe? De, ah, não, veja bem, ele não tem a mesma estrutura do que eu. Então, desculpa, cara, se ele não tem uma estrutura mínima, pra mim, ele não serve pra ser meu parceiro. Eu acho que as empresas, elas têm que chegar nesse nível. De ter um nível de segurança, ou você cumpre ou você não me atende. Ah, mas eu procuro outro, eu vou procurar outro. Você não tem a dúvida. Eu não vou pro meu negócio, não vai.
SPEAKER_03:Tirar o preço, às vezes, cara, preço, é preço versus segurança. Você vai ter que começar a comparar. Pô, não importa se o preço é menor, mas a questão é interessante. Exatamente, não.
SPEAKER_05:Security for it. Mesma coisa, cara, o que eu vejo assim, em relação a bancos. Hoje não tanto, mas antigamente você ia pra um banco, né? Pô, ah, você tem que instalar um software no seu computador, porque a gente chama o universo de Mowers. Não, aqueles controles que você tinha um rapport, você tinha a. Eu esqueci o nome dos outros lá, que você instalava Warsaw, aquelas coisas pra proteção de malers que atacavam. Tem cliente que vira e fala assim, eu não quero instalar isso. Ah, mas você tem uma norma do banco. Cara, eu tenho 10 milhões no banco. Eu não quero instalar, senão eu vou pro outro banco. Eu acho que um banco decente deveria virar pra ele e falar só, então tá aqui os seus 10 milhões, eu vou fazer isso. Pode, eu não vou correr esse risco. Entendeu? Mas não, mas não, mas não, pô, não. O cara tem 10 milhões, veja bem, ele é um grande investidor. Então, será que vale a pena pro teu business? Vale a pena pro teu negócio? Eu acho que a gente vai chegar num momento onde a gente vai ter requisitos de segurança. Ou você cumpre ou você não me atende. Talvez eu não esteja vivo pra esse dia. Talvez a gente aqui não esteja vivo.
SPEAKER_02:Talvez a gente vê isso dentro das próprias empresas, né? Você vê, depois de um certo nível, diretoria, às vezes, pra cima, cara, os caras não. É conivente, velho. É conivente.
SPEAKER_05:Os caras não estão nem aí. Eu tomei crachazada demais na minha vida, cara.
SPEAKER_02:Eu não vou mexer, não mexo na minha marca. Exatamente.
SPEAKER_05:Eu tomei crachazada no seu chão na mesa. Entendeu? Você tá achando que você é quem pra tirar meu acesso. Nesse naipe, assim, velho. Na frente de todo mundo. Jogar o crachá na mesa, você tá achando que você é quem pra tirar meu acesso? Trabalho com a EM deve ter conhecido muito. Cara, em época de implementação de controle de acesso. Nossa! Cara, senha, velho, pra implementar uma política de senha. O cara bateu na minha mesa e falou assim: você vai me fazer trocar senha a cada 60 dias? Eu falei assim, eu não. A empresa. Eu vou conversar com o fulano, com o cicrano, porque isso tem que mudar, que não sei o quê. Mudou? Não. Não. Ele teve que mudar. Não tem nem o que eu vou fazer. Por quê? Tu tinha um aporte da diretoria. Você tinha o aporte do Cilevel pra falar assim. Você vai estar na mesa, velho. Você está correndo na mesa.
SPEAKER_01:Você vai contar até sempre.
SPEAKER_05:Por isso que eu falo, não existe projeto de segurança sem apoio do executivo. Não existe, velho. O que, cara, pra comprar um FIRO, que seja, que nem vende mais, sem ver se vende FIRO ainda, mas pra comprar uma porcaria de um Fire, você tem que ter apoio do executivo. Se não vai ser questionada porque não é checkpoint, porque não é Forte Rate, por que não é McAfee, por que não é Microsoft, alguém vai te questionar. Sempre vai. Entendeu? Então, tenha o aporte do executivo. Falou, ó, é pra isso, pra isso, pra isso, tá aqui, ponto, coloca aí instala e acabou. Não tem. Não tem.
SPEAKER_01:Cara, deixa eu te fazer uma pergunta, porque aí a gente começa a falar dos mínimos, né? E um amigo meu escreveu um livro sobre educação para os crianças, mobilidade urbana. Até citando Harley Santos, mandar um abraço pra ele, mas o que acontece? Ele começou... É um livro pra crianças, onde ele começa explicando o que é família. E aí, de família, ele avança pros vizinhos, pra quem mora em volta. Sociedade.
SPEAKER_03:Ele não vai no trânsito.
SPEAKER_01:Aí ele explica que pra você chegar no vizinho, tem uma rua. E ele explica o que é um bairro.
SPEAKER_04:Legal, cara.
SPEAKER_01:E mostra que, pô, tem uma malha de trânsito que começa a se organizar ali. Aí ele explica o que é uma cidade, explica o que é um estado. Que maneira. O que é um país. Depois ele explica limitações onde o trânsito não vai poder ver, o cara vai ter que pegar um avião. E o cara chega. Ele explica a mobilidade urbana pra crianças, mas do estado. Demais, cara. E, pô, é um conceito muito forte. Quando eu vi o livro do cara, eu falo assim, cara, gênio, pô, em segurança existe o por onde começar também. Sim. Existe esse mínimo, esse engatinhar. Porque eu vejo gente, às vezes, o cara, pô, não, eu tô precisando de um software. Zero trust, eu quero zero trust, eu vou fazer um pouco. O cara não sabe o que é. Eu quero resiliência. Eu quero o zero trust. Eu quero usar, eu quero não sei o quê. O cara ouviu uma crente horde. E tá querendo words do momento.
SPEAKER_05:Cara, ó, eu fiz um. O Security Lifestyle, eu fiz um. Eu tenho feito um estudo. Esse lance do blog, dessas coisas todas, é porque realmente, cara, ano passado eu publiquei com quatro meses de dados. Esse ano eu soltei em junho, em julho, na verdade, seis meses de estudo, porque toda notícia que eu coloco ali, eu categorizo ela. Eu tenho um relatório que eu gero no final de cada semestre ou cada ano, pra mostrar o seguinte. Eu, se eu ler as notícias certas, ou se eu resolver procurar as notícias na internet, eu monto o meu planejamento estratégico sem depender de ninguém. Eu sei o que está acontecendo na indústria, eu sei o que está acontecendo no mercado, eu sei quais são os problemas da minha indústria, eu sei quais são os problemas de mercado. É só eu querer. Eu não preciso pagar uma empresa pra me ajudar a montar o planejamento estratégico. Vai atrás, velho. Corre atrás das suas informações. O que mais tem hoje, velho, são informações. Eu publico uma média de 30, 40 notícias por dia. Por dia, velho. Por dia. Como é que você não pega, você não tem vazamento de informação num post desse? Sabe? De você procurar. Cara, vou montar um planejamento estratégico pra eu trabalho num hospital, healthcare. Cara, o que tá dizendo o The Hyper Journal? Quais são os últimos vazamentos que aconteceram? Por quê? Da onde foram? Da onde originaram? Da onde foram originados? Pô, legal. Com isso mapeado, porra, eu vou olhar pra dentro da minha casa e falar assim, cara, o mercado tá trazendo isso, isso e isso de problema. Porra, eu tenho isso aqui, vou priorizar isso aqui, vou priorizar isso aqui, vou priorizar, mantenho meu plano estratégico, velho. Baseado o quê? No mercado. Não é no meu. Ah, X, não. Eu acho que eu vou provar.
SPEAKER_03:Porque eu li. Hanselware! Hansware, agora é Ransware.
SPEAKER_05:Então vamos atacar aqui e tal. Não é, velho. Então eu acho que se a gente for atrás, o que mais a gente tem hoje é informação, velho. O que mais a gente tem é informação.
SPEAKER_02:Tá sendo o tempo todo atacado, velho.
SPEAKER_05:Bombardeado, bicho. E é legal, cara, que. Só fechando, dar um exemplo do que aconteceu esse final de semana nos aeroportes. O ataque cibernético que parou três aeroportes na Europa. Você tem uma quantidade tão grande de informação sobre o mesmo tema que uma delas vai te dar uma coisa sensacionalista. Ai, pessoas perderam um voo. Não foram no casamento do fulano. Outros vão falar assim, cara, os caras exploraram a vulnerabilidade XYZ. Tem que escolher o que você quer ler, né, velho? Porque senão você tá.
SPEAKER_03:É, exatamente.
SPEAKER_05:Há outro processo que foi feito, foi um processo errado da terceira parte que chegaram aqui, hoje já saiu que foi um Hensor.
SPEAKER_03:É, e assim, eu tenho um debate em casa, minha esposa me perdoe, mas ela tá lá vendo debate com a sua esposa. Não, debate no sentido. É um herói. Não, eu vou te explicar. É porque eu leio muito. Mas leio muito. Só que eu leio coisas importantes. E ela tá lá vendo coisas completamente rindo. Aí eu falei assim, você não viu graça? Eu falei assim, então, eu não quero nem assistir, porque eu não quero entrar nesse aplicativo porque vai me tomar um tempo que não serve pra nada, entendeu? Então, assim, mas eu leio pra caralho, tenho dia a noite inteira, às vezes, pra ler um tema. Aí eu falei pra você, cara, eu tô lendo coisas importantes que aconteceu hoje, notícias.
SPEAKER_05:Mas eu te confesso que meus vídeos de gatinhos, cachorrinhos no Instagram, nego se arrebentando, acidente. Eu adoro.
SPEAKER_03:Eu evito, cara. Porque pra tomar por causa do gato. Cara, eu pago a internet pra isso, cara. Sério, não.
SPEAKER_05:Pago a internet pra isso, cara. Você tem que ter um tempo de.
SPEAKER_00:Ah, velho, você tem que ter um tempo de.
SPEAKER_05:Não, eu também, eu leio pra cacete, eu não vejo TV, eu leio, eu escrevo tudo. Mas tem uma hora assim, tipo assim, cara, fim do dia que você para, vou fumar um cigarro lá tranquilo, que não sei o quê. Eu vou ver vídeo de gatinho. Aí eu começo a mandar vídeo pra minha esposa, pro meu filho, minha chapa. Cara!
SPEAKER_03:Chega! Eu tento não me concentrar nesse outro.
SPEAKER_05:Eu uso o Instagram, eu não uso qualquer outro tipo de ferramenta.
SPEAKER_03:Na verdade, eu sou velho, ainda tenho Instagram e Facebook, pra você ter ideia. Facebook eu tenho, mas virou um autenticador de aplicativo. Virou, virou. Virou um autenticador de aplicativo. Eu também não uso outro.
SPEAKER_05:Você usa Facebook? Eu uso.
SPEAKER_03:Eu tenho fóruns, eu tenho alguns fóruns que participo, fóruns gringos, etc. Eu leio bastante fóruns. Tipo o Reddit de antigamente ainda, entendeu? Sim. Eu li o Reddit, então eu li eu ainda uso o IRC.
SPEAKER_05:Eu ainda uso o IRC, né?
SPEAKER_03:É, então. Então, eu vou fazer o que eu vou fazer. O Inmigrar é o Discord, mas ainda não fiz o IRC. Sério? Mas tem redes IRC ativas aí, entendeu? Caraca. É, muita comunicação, inclusive hacker, é um meio de comunicação.
SPEAKER_05:É muito da galera que eu falo lá de fora é. É sempre aí o fio a IRC, cara.
SPEAKER_03:É um pouco mais seguro ainda que Discord, né?
SPEAKER_05:Cara, o Discord, eu acho que tudo que vira coach, vira glamour, perde a vontade, entendeu? Perde o sabor. Vamos voltar ali para os mínimos? Tem um roteiro que a gente lutar. A gente começa a falar.
SPEAKER_01:É verdade, até porque assim, eu acho que é um raciocínio que vale a pena, porque muitas vezes o próprio empresário, o diretor, ou quem for, às vezes ele não tem uma visão clara do que ele tem que defender, do que ele está defendendo, o que é. A gente fala aqui dos mínimos de vazamento de informação e tal. Cara, os caras não têm um assessment que mostra não só como está a saúde da segurança dele, mas também o que ele tem de dado ali dentro. Como é que ele armazena isso? O que está lá dentro? Às vezes o cara não sabe, entendeu?
SPEAKER_05:Cara, faz uma pesquisa com teus clientes. Quantos deles tem backup? A maioria vai falar que tem, quantos não? É isso que eu ia falar. Quantos testam os seus backups? É isso aí. Cara, ninguém testa.
SPEAKER_01:Não, testa muito pouco.
SPEAKER_05:Eu pensei que vocês você vai testar o quê quando der o problema?
SPEAKER_00:A maioria é isso.
SPEAKER_01:A maioria dos clientes que eu conheço tem backup 321, que é assim, 3, 2, 1, 1, espera, vai dar ruim.
SPEAKER_05:Eu sou tão paranoiado, eu sou tão paranoiado que eu tenho um backup num HD externo, além de ter meu backup em Cloud. Entendeu? Eu tenho um backup, cara. Você tem o backup do backup? Isso foi uma coisa herdada do meu pai. Mas você tá certo. E quando meu pai morreu, eu peguei os HDs dele. Agora, pouco tempo atrás, que eu comecei a ouvir as músicas. Porque ele tinha um HD de música e uma HD de foto. Então eu achei muita gravação do meu pai. Muito assim. Mas eu ainda não consegui ver as fotos. Ainda não tô preparado. Emocionalmente, pra pegar uma HD de foto e ver. O de música eu já ouvi, descobri gravação que eu tinha feito com ele, que eu nem sabia que tinha gravado. Achei bem legal, assim. Mas é backup, velho. É backup. Ah, minha vida, o meu celular tá todo em cloud. Beleza. E se você parar de pagar a Apple? Se você parar de pagar a Google. Acabou? Acabou? Você não tem sua backup? Ah, não, eu perdi. Ô, mano, aí é complicado, hein? Tá complicado.
SPEAKER_03:Acontece, acontece demais. Acontece quase. É raro, mas acontece. Isso que eu ia falar. Entendo que o Mr. Anders fala, cara, é porque muitas vezes a gente ouve, chega gente lá na empresa, né, Gomes? Que tipo assim, cara, eu quero usar o Trust. Aí você vai ver, o cara não tem nem um fire, né, cara? O cara não tem AD, às vezes.
SPEAKER_02:O mínimo do mínimo.
SPEAKER_03:O cara não tem o AD, velho. Já tem cliente de 10 mil máquinas que não tem AD. Entendeu? Então, tipo assim. Usando o quê, velho? Velho, se eu te parar pra vocês. A gente pontou o Zinho, velho. Todo mundo é administrador. Tem as loucuras dele. Tem muito cara louco nesse mundo aí, cara. E aí, te falar, é da área financeira, hein? Já pensou?
SPEAKER_01:Cara, olha só, eu já vi lugar com 7 mil funcionários e não tem AD.
SPEAKER_05:Não, velho. Cara, eu cheguei num ambiente da minha primeira função de SISO, numa empresa que tinha 3.500 pessoas e 600 usuários e senha. O primeiro papel do cara de segurança foi comprar licença.
SPEAKER_03:Nossa senhora.
SPEAKER_05:Foi nem montar a rede, a rede tinha, mas ninguém era tipo assim, RH sem RH. É, não, esse cara. Financeiro sem a financeiro.
SPEAKER_01:Todo mundo compartilhava. Inclusive, até citando a C-Cyber, um dos primeiros produtos que a gente vende é exatamente a CES. Chega pro cara, qual a situação? Qual situação? Muitas vezes você não sabe, né, Cabelo? O cara não sabe. O cara, ah, eu tô precisando de. Tá mesmo, o cara tá pedindo um negócio que ele nem sabe o que é.
SPEAKER_05:E eu já peguei muitas situações, assim, em empresas que eu trabalhei, das pessoas querem comprar uma solução que eles tinham comprado no ano anterior.
SPEAKER_03:Ah, mas acontece demais. E a gente é honesto pra galera, cara. Cara, você já tem isso aqui, ó. Isso aqui não é o que você precisa. Acontece muito. Às vezes a galera não sabe o que tem ali dentro. Você perde um pouco. E aí, nesse acesso com o qual o Sarah fala, você fala, pô, vamos ver o que você tem e o que você precisa. Porque às vezes você tá precisando, você tá chegando aqui com esse buzzword, às vezes, porque não é isso que você precisa nesse momento, né, cara? Você perde uma venda, mas não é um pouco de novo.
SPEAKER_02:Mas você é requisitos pra conseguir usar o mesmo maneiro que eu não tenho que fazer. Não, cara, vamos dar um passinho pra trás. O que acontece demais isso, cara?
SPEAKER_03:É o cara querendo comprar um soque sem ter o básico lá, às vezes, entende? Então, assim, eu quero um soque, foi o PQ, e aí? E aí cabe a nós. Qualquer coisa.
SPEAKER_05:É, exato, achando que é só um monte de soque. Cabe a nós mantermos o que a gente começou a falar no começo desse podcast de ética. Ética. De virar pro cara, né? Falar, cara, não vou te vender. Exatamente, não vou te vender errado. Não vou te vender mais um negócio pra você botar ele. Não faz sentido. Imagina, usa isso, vamos fazer de uma outra forma e tal.
SPEAKER_03:Se amanhã você quiser trocar isso, outros problemas aqui que tem problemas mais cedos que você pode ajudar.
SPEAKER_01:Isso é raro no mercado, cara. Nós já rejeitamos contrato várias vezes. E porque é o certo, não faz sentido vender você. Ética, velho. Ética.
SPEAKER_03:Ninguém quer fazer negócio pra fazer uma vez. A gente quer fazer negócio pra fazer sempre, né, cara? A gente costuma chamar nosso cliente de parceiro.
SPEAKER_05:Parceiro, eu ia falar que esse cliente é parceiro. É parceiro de negócio.
SPEAKER_03:É uma venda aqui, tchau e bem, tem. É você ganha, ele ganha também. Isso tem que ser uma troca. É uma troca.
SPEAKER_01:É mútuo o negócio, é um relacionamento mútuo. E vida pública, né, cara? Uma vez que você tem vida pública, é, cara. Você não pode ficar.
SPEAKER_03:Não, fazendo sujeira por isso. É sacanagem, né? É o mundo do mundo da segurança, da tecnologia é bem pequeno, todo mundo.
SPEAKER_05:Bem pequeno, bicho. Bem pequeno. O que vocês fazem reflete num cenário. Eu te digo que hoje não é nem nacional, é na América Latina. Eu não tenho o que fazer. Eu vejo muita notícia na América Latina do cenário nacional que você nem imagina, mas que sai lá fora. Isso é o fato.
SPEAKER_03:Esse é o fato. Mas a gente não pode deixar. É isso aí. Cara, a gente não pode deixar de falar de IA, né? Falar de Buzz World, não pode deixar de falar de IA. Chegamos aqui no momento onde IA também está entrando na segurança da informação de jeito louco. Como é que você está vendo esse cenário com IA sendo usado tanto pra defesa como pra ataque, cara? O IA em tudo está sendo utilizado hoje em dia, né, cara?
SPEAKER_05:É, cara, e interessante também. Enquanto houve um hacker, a IA não domina o mundo. Isso eu falei no evento da Start, virou um jargão lá, a galera fez foto, o cacete minha, e eu continuo com esse pensamento. Mas eu acho que a IA é uma coisa que a gente tem que ter uma cultura muito forte. Não de implementar de segurança, mas de ética. Porque se você coloca uma planilha que você não pode colocar dentro da IA, ela tá lá dentro. Acabou. Você não vai mais cheirar ela. Entendeu? Então, não tenha como a IA, a IA, como uma pessoa que vai trabalhar pra você. É uma pessoa que vai te ajudar. Entendeu? E te ajudar não é que ela vai fazer o trabalho pra você. Você é pago pra fazer o seu trabalho e muito bem pago. Muito bem pago. E hoje você vê pessoas que, ao invés de fazerem seu trabalho, jogam na IA e pede pra ela fazer. Você acha que as pessoas não percebem? É sério que você acha que as pessoas não percebem? Todo mundo percebe.
SPEAKER_01:Faz exatamente.
SPEAKER_05:É óbvio, é óbvio. Então, eu vejo hoje a IA como um ponto de atenção pra proteção e pro ataque. A gente já tá vendo campanhas de fishing utilizando IA que bypassa o que você quiser. Fishing Gut, bypassando autenticação, duplo fator da autenticação. Tudo que você quiser. Entendeu?
SPEAKER_01:Eu vou dar um exemplo aqui, engraçado, que chega a ser ridículo o momento que a gente está vivendo. Teve um amigo que comprou um dos meus livros, ele leu e ele falou comigo, cara, você escreveu porque assim, parece você falando quando eu leio. Eu falei, é claro que eu escrevi. Não é uma gara. Eu falei, você não fez. Você não fez no GPT, não? Eu falei, pô, porra.
SPEAKER_05:Esse é um pensamento, velho. Exatamente. É porque, tipo assim, é inofensivo. Cara, como pode ser inofensivo? Você tá colocando tua vida num sistema. Você tá colocando informações tuas ou do teu trabalho, num sistema que você não faz a mínima ideia do que tem por trás. Seja Chat GPT, seja Geminais, seja Copilot, o que quer que seja. Você tá colocando suas informações numa estrutura que você não sabe o que é. Mesmo corporativamente, como é que você vai dar IA pra uma pessoa colocar informações do pagamento, do sistema financeiro da tua empresa, do RH da tua empresa? Pô, mas você vai proibir? Não? Não, você não vai proibir. Vamos lá, como lidar? Isso é uma pergunta que tá com a cara. Cultura. Mostrando para as pessoas, não é só inibindo o uso ou protegendo o uso. A proteção vai ter que rolar. O controle de acesso que a gente faz para ambientes corporativos de rede, a gente vai ter que fazer agora para prompt. A gente tem DLP pra prompt, para o prompt saber ou não se pode gerar aquela resposta, aquela informação. Isso é interessante, é uma nova superfície de ataque nova. É uma superfície de ataque nova. Antigamente a gente tinha três, quatro superfícies, hoje a gente não tem mais. É uma infinidade de novo.
SPEAKER_01:E está surgindo um monte de plataformas vindo de qualquer lugar. Exatamente. Vamos pensar o seguinte, vamos pensar num Pinaple, qualquer coisa, o cara vai lá voluntariamente, se loga e entrega um monte de informações. Com a IA não é diferente. Às vezes o cara cria uma conta numa IA nova e voluntariamente começa a dar informação. Informação sabe-se lá pra quem, né?
SPEAKER_05:Aí, por outro lado, você vê o contraponto, né? Que as pessoas falam muito assim, a IA vai tirar o emprego, a IA vai tirar o emprego, aí for perder o emprego por causa da IA. Cara, a galera está contratando pra revisar o que a IA tá falando.
SPEAKER_00:Entende mais.
SPEAKER_05:As pessoas não estão mandando ir embora pra usar a IA. Não, na verdade, elas estão implementando a IA e contratando gente pra revisar o que a IA tá falando. Não tem essa, velho, o crivo final do homem. A diferença pro ser humano pro computador é que o computador obedece o que eu falar pra ele fazer. Ninguém me fala o que eu tenho que fazer. Eu tô cagando pro que você tá falando. É aquela velha parada assim, ah, eu monto uma lista de Spotify e eu mudo as músicas que eu mesmo coloco. Tu acha que eu vou ligar pra tua opinião, velho? Se eu mesmo mudo a mim. Se eu pulo as músicas que eu escolhi, então, eu vou pedir a tua opinião pra alguma coisa?
SPEAKER_03:Então, é bem por outra música. É bem por aí. Faz sentido, cara. Entendeu? E na sua opinião, cara? Muita gente falou bastante cultura aqui, cara. Aonde uma empresa tem que começar? Porque começar do começo, o mínimo, né? Pra começar essa questão de cultura e de segurança.
SPEAKER_05:Eu acho que anterior a isso você tem que ter uma cultura corporativa. Muitos na empresa hoje precisam entender que aquilo é uma empresa. Aquilo ali não é um parque de diversão. Aquilo ali é uma empresa. Você não tá ali a hora que você quer, você chega a hora que você quer, você sai na hora que você quer. Não é assim, velho. Você tem as suas obrigações. Você tem as suas metas, vamos dizer assim. Se você as entregas, tá que ótimo. Busque mais excelência. Se você não entrega, busque entregar. É assim que funciona, velho. É uma via de duas mãos. Eu dou o meu melhor e a empresa me paga pra dar o meu melhor. Então, enquanto eu estiver ali, eu vou trabalhar. Então, acho que a primeira mudança que a gente tem é uma mudança corporativa. Ó, pessoal, isso aqui é uma empresa. Isso aqui não é um parque de diversão. Então, cuidado com o que você fala, cuidado com o que você posta. E tenha uma postura de um funcionário, de uma pessoa que leva o nome da empresa no peito. Porque se tu sai daqui e alguém vê uma empresa que você trabalha, vide o que aconteceu, os últimos acontecimentos, as pessoas sendo desligadas por opiniões pessoais. E isso aconteceu demais já, né? E tá acontecendo todo mundo. Caramba, a pessoa teve mais perto. Todos são bastante. Entendeu? Então, primeiro o segundo, entendeu?
SPEAKER_03:Exatamente.
SPEAKER_05:Tenha postura pelo lugar que você faz parte. Seja o teu ambiente social ou seja o teu ambiente corporativo. E segunda coisa, o seguinte, velho. A cultura é segurança, né? Cara, mostra a vida como ela é. Segurança não tem escovação de beat, velho. Escovação de beat tem reunião de hacker. Não vou nem. É de hacker, porque são pesquisadores, não de criminosos. Mas ali sim a gente escova a beat. A gente fala tecnicamente como é que a gente faz, qual o jump de memória, o que a gente. Ali sim. Mas dentro de uma organização é mostrar o que é um ataque. O que é um ataque? Porra, o cara vai vir aqui e vai acessar remotamente? Não, velho. O cara pode te mandar um PDF. Você pode abrir um PDF. Você pode abrir uma foto. Eu posso te mandar uma foto. Isso é um ataque. Entendeu? Então, mas eles não sabem. Porque ninguém fala. Ah, eu vou fazer uma campanha de phishing. Pô, velho, vai funcionar, cara? Sério. É sério que você acha que uma campanha de phishing vai trazer uma cultura de corporativo pra tua empresa, de segurança? Não vai, porque quando a pessoa abre o Gmail dela, o que mais tem lá no spam mail são phishes.
SPEAKER_03:Cara, eu vi um estudo, cara, o cara deixou 200 ou 300 pendrives na porta de um edifício corporativo. Mais de 85% foram plugados.
SPEAKER_05:Exatamente.
SPEAKER_03:Tem base. Exatamente. Pela curiosidade do ser humano. É aquela velha coisa assim, ai, achei um pendrive aqui. Eu também, eu seria o cara que plugaria. Então. Nossa, velho. Mas ainda não parece nem preso. Não importa, cara.
SPEAKER_05:Nem no meu ambiente de teste eu faria isso. Eu não faria isso. Eu não sou curioso. Não me importa a vida dos outros. É exatamente isso que eu testou. A curiosidade. Eu sou curioso, mano. A curiosidade mata, velho. Curiosidade mata, cara. A curiosidade mata, velho. Entendeu? Ela mata. É a mesma coisa, cara. Você pode ter suas ambições.
SPEAKER_02:Não pode matar e tem o pendrive.
SPEAKER_05:Mas você pode ter ambição.
SPEAKER_01:Mas você não pode ser ganancioso. Mas é diferente. Se são 300 pendrive, eu vou levar a porra da caixa. Eu vou vender pendrive.
SPEAKER_03:Não, não, não. Ele não deixou a caixa, velho. Foi espalhado o pendrive.
SPEAKER_02:Espalhado pendrive. Joga 300 espalhados grande de piso.
SPEAKER_05:Você quer ver um lugar muito fácil pra você fazer isso? Universidade. É na USP, deixa ele quatro pendrive na USP.
SPEAKER_03:Não dá cinco minutos, você tá dentro do que. Não, é exato, é isso que eu tô querendo dizer. Então, assim, o estudo foi justamente isso. O meu pad corporativo foi deixado lá. Deixa lá.
SPEAKER_05:Cara, a mesma coisa. Você carrega celular em totem de aeroporto e rodoviária? Você pluga lá o teu USB.
SPEAKER_03:Eu ando só com os meus três carregadores, eles sabem. As pessoas plugam, velho. O que você chega lá na sala de Mark, você chega na sala de banho pra Fernando. O cara tá no celular plugado no USB aqui. O que vai ser o mais chique? O que tem naquele USB, velho? Plubei nenhum. Cara, eu não peço cabo emprestado dos outros, pra você ter ideia. Esse é um outro problema que as pessoas acham super normal.
SPEAKER_05:Mas você tá numa DEFCO. Você vai pedir um cabo pra alguém na DEFCO emprestado? Não emprestam um cabo de coluna. Não, não.
SPEAKER_03:Na verdade, nem meu celular vai estar lá, só te batia. Vou deixar o celular em casa. Não vou levar dinheiro, não vou levar nem cartão com.
SPEAKER_05:A DEFCO você só paga com dinheiro.
SPEAKER_01:É, você tá doido, então. Pô, nós vamos um evento hacker aqui. Teve um evento hacker aqui no Brasil, aqui em São Paulo que nós fomos, que os caras estavam com um cartãozinho NFC lá pra você fazer o pagamento. Ah, isso aí. E tinha os doidão, com o cara. Sobra do pereguiregando.
SPEAKER_05:Sobra do Pereguir.
SPEAKER_03:Galera fazendo recarga e no evento de segurança, tá cara grande.
SPEAKER_05:Ah, normal, isso aí a gente sabe.
SPEAKER_03:O próprio organizador do evento sabe. Ah, ainda. Acho que o Bob te apoia. Bobiato apoia. Sacanagem ainda bem que ele sabe. Hipocrisia falar que não. Por um mundo menos hipócrita, velho. Bravo, cara, se eu tivesse que apostar numa grande tendência, algo que possa transformar o mundo. Não vou falar nem de segurança mais, cara. Estamos falando de A aqui, de tecnologia. Se eu tiver, olhar aí pra frente, o que você vê nos próximos anos? Você tem muita estrada, cara. O que você vê aí de visão pra essa questão de tecnologia?
SPEAKER_05:Eu acho que tem uma palavra, velho, que vai ajudar a gente muito no futuro, que é automação. A gente já vem tratando muito a automação, criar processos automatizados e tal, porque isso não é que isso vai reduzir o quadro de pessoas quando você automatiza. Não, você vai dar liberdade para as pessoas criarem mais. É isso que as pessoas têm que ter ciência. A gente tem que criar. Então, quando você automatiza e te dá, você fica três horas trabalhando numa planilha, num documento, que você pode automatizar, que vai ser feito em 15 minutos. Não tem como servir. Você perde mais 15 minutos revisando, você ganhou duas horas e meia do seu dia. Vai criar. Então você pode criar. Eu acho que automação é uma palavra que, assim como a resiliência, né? Pegou, é aquelas coisas. As pessoas falam de automação, principalmente por causa da IA, mas eu acho que não deram a real importância pra essa palavra, velho. Porque isso vai ajudar muito o mercado, muito mesmo. E vai ajudar muito a pessoa a crescer mais, porque ela vai ganhar tempo pra melhorar isso.
SPEAKER_03:E às vezes focar no que realmente importa pra essas estratégias pra empresa, né? Eu concordo contigo. Cara, criar, velho.
SPEAKER_05:Criar. Chão de fábrica é uma coisa, trabalhar com tecnologia é outra. Entendeu? Aquela linha de montagem, isso é chão de fábrica, velho. Que o Ford criou lá na década de 30, 40, aquela linha de montagem de carro, isso é muito legal. Mas o processo criativo do humano, ele não é uma linha de fábrica, ele não é uma coisa direcionada, entendeu? Como eu diria Raul, faça o que tu queres, pois é tudo da lei. Então você tem que expandir seus horizontes pra poder criar.
SPEAKER_01:Cara, eu vou até deixar um abraço aqui pro pessoal lá da Acibe, que organizou o Ia Summit lá no sul, lá em Blue Menor, tive a oportunidade de falar lá no Ia Summit. E a minha fábrica.
SPEAKER_04:Você falou do blogueiro, hein, Branco?
SPEAKER_05:Eu tô. Tive a oportunidade de falar lá. Quanto mais alto eu vou, maior o tombo, hein? Cuidado. Já caí.
unknown:Cuidado.
SPEAKER_01:Durei cinco minutinhos, só abriradinha, assim, ó. Bem por aí, é bem por aí. Mas a minha fala sobre IA foi exatamente essa. Foi. O que é IA? Porque assim, tava uma plateia lá, galera, IA extremamente bombando de gente, né? Aí eu virei e perguntoi assim: quantos daqui acreditam que precisam de IA nas suas empresas? Aí todo mundo falou. Por que ninguém sabia? Por quê? Eu falei assim, e por que vocês precisam? Esse é um muito interessante. Aí ficou todo mundo. Aí teve um cara que falou assim. Você sabe? Eu falei, beleza, o resto eu não sabia. E eu falei, cara. É horrível isso, cara. O benefício central, ele é tempo. É você ganhar tempo. Você ganha tempo com automações, você ganha tempo com. É só isso. O resto é ficção científica. Exatamente isso.
SPEAKER_05:O resto é determinador do futuro, velho. É Blade Hunter. Entendeu?
SPEAKER_03:Eu penso a mesma coisa. Agora, a galera não tá consciente disso ainda, né, Luciano? Você viu isso aí.
SPEAKER_01:O cara não sabe o que quer.
SPEAKER_03:Quer? Quer?
unknown:Mas por que?
SPEAKER_03:Mas é por causa do hype. E assim, tem muita gente, eu tava lendo pesquisas de fora, que as empresas basicamente pararam de investir um pouco justamente porque não entendia como aplicar aquilo no dia a dia. Sim. Porque se você não entender e entender o processo de como vai ganhar esse tempo lá, pô, você só vai estar investindo, investindo em A e não sabe o que ela vai estar fazendo.
SPEAKER_02:Qual vai ser o ROI disso? É o ROI, cara.
SPEAKER_05:Essa é a pergunta: qual é o ROI disso, velho? Qual é o ROI disso? Investir por investir. Pegar um monte de cabeça lá foda, cara.
SPEAKER_02:Eu vou lá, vou comprar um monte de terreno no metaverso e daqui a dois anos isso foi.
SPEAKER_05:Cara, como é que era aquele ambiente que foi criado anteriormente? Foi metaverso, cara? É, isso é.
SPEAKER_03:Ela depois de dinheiro paga milhões, não sei o quê.
SPEAKER_05:É a mesma coisa que o Second Live. Você lembra do Second Live? É, mesmo, Mercado. Que botaram lá Banco de Santander, Banco Bradesco. Por quê?
SPEAKER_01:É um marketing muito louco, muito parrado. Mas assim, a gente volta. Como é que o mercado funciona?
SPEAKER_02:Ficar uma hora na fila do banco online é foda, velho.
SPEAKER_01:Faz sentido. O mercado é oferta e demanda, certo? Pô, legal, você tem a fábrica de papel higiênico. Você tem algumas formas de você lucrar mais. Você pode. Se você fabricar. Só mais papel higiênico, você fabrica mais e mais e mais papel higiênico. O que acontece? O teu produto vai ficar mais barato. Porque você tem muita oferta e você tem pouca demanda. Aí, pô, ou tu faz todo mundo ter uma diarreia agora, entendeu? E se todo mundo tiver diarreia e você é o único que tem estoque, você vai se dar bem, porque vai valorizar muito o teu produto. Isso aconteceu na pandemia com muita gente.
SPEAKER_03:O abraço do pessoal da Mutilaser que tinha estoque pra caralho de produto, né? A China não tinha como pra entregar, eles tinham estoque de tudo e venderam pra IA.
SPEAKER_01:Você valorizou um absurdo, entendeu? Quando você trabalha. Quando você trabalha com o IA, trazendo inteligência e velocidade pra tua oferta e pra tua demanda, você começa a trabalhar o seu business, soluções que vão te capitalizar, que vão expandir teu business. Fora isso, os caras estão ali. Porra, que se foda que faz teletransporte, irmão. Você vai continuar precisando passar o papel higiênico no mesmo lugar.
SPEAKER_05:Vocês falaram duas coisas, você falou uma palavra muito forte, cara, que é a questão do hype. Cara, hype, pra mim, é música do Hermes e Renato, cara. Hype é aquela música ridícula que o nego brincou lá na época do Hermes e Renato. Ah, eu sou hype, só da farinha lá, aquelas coisas de brincadeira lá no ano 2000, vamos dizer assim. Cara, hype não move o mundo, brother. Não vai mover o mundo, não, brother. Hyper é. É o que você exatamente falou. Vamos fazer um projeto de IA? Pô, vamos, vamos investir. Tá bom. E nós vamos fazer pra quê? Pra quê, velho? Pra que a gente vai colocar IA? O que ela vai fazer?
SPEAKER_03:Só pra estar na moda?
SPEAKER_05:Ah, não, ela vai me ajudar. Ao quê? Não, ela vai me ajudar a escrever um e-mail. Então eu não vou investir. Então eu não vou investir. Mas IA pra ajudar você a escrever. Não, ela vai fazer um resumo do meu e-mail. Pô, desculpa, velho. Se você é um executivo e recebe 400 e-mails por dia, eu te entendo. Pô, se você é um cara como eu, que recebe 20, 30 e-mails por dia, você não consegue ler, melhor, gerencia é melhor seu tempo.
SPEAKER_03:É, também pensa a mesma coisa. Entendeu? Aí isso não se justifica.
SPEAKER_05:Exato. É pra quê? Pra quê e por quê?
SPEAKER_03:É, o próprio tá bom demais, né? É descer assim com nada com o cara.
SPEAKER_01:Ele acabou de citar Saracono, é bom a gente encerrar. É, porque se não para de assistir.
SPEAKER_03:Ela chega aqui já com os enviados chegam pra não se eliminar, né?
SPEAKER_05:Só traz o Guns and Rose tocando e o Could Be Mine, né?
SPEAKER_03:Até de torneio deles agora. Vai, até mais. Ah, eu tentei comprar ingresso pra soldados, cara. Mas a televisão tá, inclusive, em Brasília, né? Vai, né?
SPEAKER_05:Pô, vai ver. Eu vi eles no Rock in Rio.
SPEAKER_03:Ah, eu vi ele algumas vezes já. A última lá, inclusive, lá em Gwen, a gente tava lá.
SPEAKER_05:Hoje eu levaria só pro meu filho ver. Exato, porque a voz dele já não tava mais, né? Eu vi ele no Rock in Rio 2, velho. Eu vi ele no Rock in Rio 2. Por isso que eu falo, cara, hoje pra mim seria pra ver a banda, não o Axel. O Axel, pra mim, foi o cara que mudou minha vida. Eu queria cantar por causa dele. Sério? Ele e o Sebastian Bar. Foi os caras que mudaram de minha vida. Fui estudar música por causa do Axel.
SPEAKER_03:Conta já, cara, já que tu começou mesmo, como é que tá sendo assim, da reúne a banda, cara?
SPEAKER_05:É, cara, eu tive um ano meio sabático de evento, de banda, de tudo. Eu meio que parei muito assim, muito mesmo de tudo.
SPEAKER_03:Eu tenho um plano de voltar, que eu quero antes de vocês, cara. A gente vai voltar, velho.
SPEAKER_05:A gente vai voltar. A MD5, não, porque o. A MD5, cara, o Rama tá morando nos Estados Unidos. A esposa dele é uma executiva de um banco aqui, foi tocar todo o investimento lá em Miami. Aí ele tá vindo agora, a gente deve armar uns ensaios, um show, fazer um showzinho no bar de amigos e tal, mano. E tem a Malti, que é uma banda de amigos mesmo também, mas a gente é muito vagabundo, velho. Terrinha mora lá no Itamambuca e tal. O Luan é colorista, o Fabinho, que é o guitarrista executivo de grande empresa.
SPEAKER_03:E é difícil. Nossa, velho.
SPEAKER_05:Ih, vamos ensaiar sábado. Ih, cara, sábado eu tenho que levar meu filho, não sei aonde. E como a gente é uma família, a gente é amigo, né? Então não tem melindre, não tem esse negócio. Aí a gente vai empurrando. Um dia a gente ensaia. Um dia dá certo. A gente tocou lá em Tamambuca, lá em Ubatuba, foi legal pra caramba. O Fabinho não pôde ir tocando em trio e tal. Mas a música é a nossa válvula de escape, né, velho? É a forma, é o nosso psiquiatra, né, cara? É psiquiatra da gente.
SPEAKER_01:Já que o episódio de Halloween, eu lembrei de um tio que tinha a back vocal do diabo. Diabetes. Cara, eu vi um.
SPEAKER_00:Nossa! Deixa eu pegar uma água pra me rasgar, entendeu?
SPEAKER_05:Cara, ó, eu vi um vídeo hoje, que já pra gente fechar, eu vi um vídeo hoje que foi bem interessante sobre uma pintura que tem no Louvre, que é. Supostamente a Derrota pro Diabo. Que é um jogo de xadrez.
SPEAKER_01:Sensacional, conheço.
SPEAKER_05:É um jogo de xadrez e que tá o cara supostamente perder o jogo pro diabo, né? Você tem um anjo, o cara tá com a cabeça assim e o diabo rindo. E uma vez teve um grupo de atletas que foi fazer uma turnê pelo Louvre e um jogador de xadrez parou na frente do quadro e ali ele ficou. E aí o pessoal seguiu, na volta o guia veio chamar o cara e falou, pô, vamos ser aqui. Ele falou assim: olha, bicho, ou vocês tiram esse quadro daqui, ou vocês mudam o nome dele. Por quê?
SPEAKER_03:Porque o cara tá destruindo ele no xadrez, né? Na verdade, não, cara. Parecia que o diabo tava. Parecia que tava ganhando checkmate.
SPEAKER_05:Mas existe uma jogada do rei do cara. Então é tipo o seguinte, quando você se achar que você tá derrotado, você sempre tem uma jogada a mais. Cabe a você.
SPEAKER_03:Eu imaginei que ele ia ter uma saída dali. Sempre tem uma saída, velho. Você tem mais um movimento.
SPEAKER_05:Na verdade, parece que o diabo ganhou, mas Jesus ainda tem mais um movimento. São Miguel Arcanjo. A gente tava falando sobre isso. Minha próxima tatu na perna.
SPEAKER_03:É, fechar a perna aqui. É. Um abraço pro meu Miguelzinho lá que eu te falei. Exato.
SPEAKER_01:Sensacional. As considerações finais são suas, cara. Deixa aí o que você quiser deixar, desde o cara. De link, mensagem, motivação.
SPEAKER_03:Cara.
SPEAKER_05:Fã não tem. Eu tenho minha esposa e meu filho. Minha mãe, né? Minha mãe também. Minha mãe é minha fã número um.
SPEAKER_01:Nós somos seus fãs, né?
SPEAKER_05:Não, não fala isso, cara. Quem tem fã é artista. A gente não é artista, a gente é profissional.
SPEAKER_02:Tu é artista pra caralho. É muito artista, cara. Tu agora as coisas de artista.
SPEAKER_01:Ah, sempre. Inclusive, inclusive, eu citei o Prado no capítulo sobre cibersegurança do meu livro. Ele falou assim, pô, tá brincando? Eu falei, não, é verdade, tá aqui. Que honra, hein, cara. A referência de cibersegurança como estilo de vida, pra mim, pô, você conseguiu definir tudo na frase do que nessa carreira, entendeu?
SPEAKER_05:Eu levo muito isso, cara. Eu tive sempre three pilares na minha vida que sempre foram coisas erradas e que depois se tornaram certas. O skate sempre foi uma coisa de maconheiro. Skate, maconheiro. And patrocina as pessoas, né? O skatista tem carteira assinada. Ele é reconhecido pela CLT. A música sempre foi uma coisa de drogada, de beberrão, de alcoólatra. E hoje a música é uma empresa. A música é um business. Vide, só quem acha isso uma ficção, tem um documentário chamado Some Kind of Mounter do Metallica, que mostra uma banda como ela é. E o Hacking, cara, cara, quando a gente começou, bichão, isso não tinha, não existia.
SPEAKER_03:Não era algo de futuro, né?
SPEAKER_05:Imagina, pô, tava falando ontem com um amigo. Porra, eu comecei instalando Curior Ford 2, velho. Curió, cara, sabe? E, pô, mas isso é o passado, mas sem passado a gente não tem presente, muito menos o futuro. Sabe? Então, os três pilares que viraram meu estilo de vida, o skate, o hacking e a música, que por incrível que pareça, eram coisas fora da lei. Marginalizadas. Marginalizadas hoje são hypes. Hoje são hypes. Então, o que eu falo é be yourself, cara. Seja você mesmo. A gente não precisa se vender a um sistema, a gente se adapta. É simples assim. Eu vejo as pessoas hoje umas ideologias malucas na cabeça apoiando uma coisa que amigos que sempre lutaram contra uma coisa hoje apoiam por causa de um ideal político. Cara, uma vez punk, sempre punk, velho. Bob Cuspe tá tatuado aqui atrás, meu irmão. Sabe? Sempre vai ter essa vertente. Você não precisa entrar no sistema, fazer parte do sistema. Você se adapta, porque a vida é uma adaptação. A cultura, você se acultura, né? Você tá ali, mas você mantém a sua integridade. Você mantém a sua moral, a sua ética, os seus valores, pra não se tornar mais um. De robô, o mundo tá cheio. E a IA tá trazendo mais um monte.
SPEAKER_03:Milhares, né?
SPEAKER_05:E o mundo e o mercado precisa de pessoas diferentes.
SPEAKER_03:Cada vez mais humano, né? A humanidade tá cada vez mais mais um grande.
SPEAKER_05:Lembrando de novo, as empresas que antes mandaram pessoas embora, supostamente, porque estavam sendo automatizadas pela IA, estão recontratando para que a IA para que essas pessoas possam fazer a validação do que a IA está fazendo.
SPEAKER_03:Entendeu? Só mudou a área, às vezes, né? Não tem como. Prado, cara, é sempre um prazer te receber aqui, cara. Quase que um orgasmo. É, pô. Podia falar. Pode falar o que quiser aqui, pô.
SPEAKER_01:Termina que os outros fumando cigarrinho.
SPEAKER_03:É difícil, vocês são muito caretas, viu? Parando, olha, eu te mostrei a Parado Gomes. A gente viaja em vião, você sabe. Não, não, essas coisas não. Tabaco, velho. Vocês estão malucos, bicho. Ah, então tá. Frado, é um prazer, cara. Obrigado pelos seus insights aí. Eu tenho certeza que vai ser mais um hit aí da galera ouvindo bastante. Um episódio de Halloween aí pra espantar os dias das bruxas da galera. Massa! E seguimos, gente, cara. O microfone tá sempre aberto, cara. Desejamos sempre muito sucesso, alegria. Conta com a gente aí pra o que vier.
SPEAKER_05:Tamo junto. Tamo junto, obrigado, senhores. Mais uma vez, quando tiverem a próxima gravação, já pode agendar o meu horário de novo. Sensacional, mano. Eu venho de novo. Obrigado, gente.